Formação do Comitê de Monitoramento possibilitou o planejamento de ações que ajudaram a atenuar os problemas que afetam todas as cidades da região
Em razão da falta de combustíveis provocada pela paralisação dos caminhoneiros, o prefeito de Hortolândia, Angelo Perugini, determinou às 15 secretarias municipais que mantenham plantão durante os próximos dias e que apontem possíveis saídas para atenuar a crise. Perugini reuniu seu secretariado na manhã desta terça-feira(29/05), logo após conduzir a reunião da Comissão de Monitoramento da Crise. A comissão foi formada sexta-feira passada com o intuito de atenuar os transtornos da greve. “Acertamos ao manter o funcionamento da Prefeitura na segunda-feira (28/05). Agora, com as medidas tomadas para manter os serviços essenciais em funcionamento, queremos criar condições para que a crise não afete a vida da população nos próximos dias e meses”, determinou Perugini aos secretários municipais.
O trabalho do grupo que vai analisar os impactos da crise leva em conta situações diretamente ligadas ao serviço público rotineiro (saúde/educação) e os efeitos negativos nas empresas locais, que podem gerar a perda de empregos. “Nosso objetivo como Administração Municipal é criar condições para que a cidade não venha sofrer ainda mais com as consequências da crise”, alertou.
O funcionamento dos serviços essenciais foi mantido. A Prefeitura fez acordo com um posto de combustíveis, localizado no Jardim Amanda, que garantiu o abastecimento de veículos da área de saúde, transporte coletivo urbano, coleta de lixo, segurança e defesa civil. O acordo garantiu que cidadãos comuns pudessem abastecer seus veículos com até 20 litros.
Para garantir a presença de trabalhadores nessas áreas, a Administração montou um esquema de transporte que possibilitou a busca dos servidores em suas residências. As medidas vão continuar até que a situação volte à normalidade.
As aulas nas escolas municipais foram suspensas somente na tarde de ontem, quando se agravaram os problemas gerados pela paralisação. Por falta de combustíveis, trabalhadores não conseguiam chegar aos locais de trabalho, além de veículos do transporte escolar que foram afetados.
O prefeito de Hortolândia afirmou que, ainda na sexta-feira, e com a situação sob controle da Comissão de Monitoramento, decidiu-se aguardar até ontem, na expectativa de que o movimento fosse encerrado durante o final de semana. “Como prestadora de serviços à população, a Prefeitura precisava manter os serviços em andamento. Até segunda-feira(28/05), mantivemos a normalidade ”, lembrou.
À tarde, como Governo Federal e manifestantes ainda não haviam chegado a um acordo que normalizasse a vida do País, a Prefeitura decretou estado de emergência e suspendeu o expediente municipal, deixando em funcionamento apenas os serviços essenciais.
Região Metropolitana
Perugini pretende apresentar aos demais prefeitos da RMC (Região Metropolitana de Campinas) proposta que ajude as cidades a enfrentar as possíveis consequências do acordo dos caminhoneiros com o Governo Federal. A preocupação é que os municípios sejam os mais afetados com as mudanças propostas pela União na cobrança dos tributos que compõem a política de combustíveis. Uma delas é a não cobrança da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), que ocorre na importação e na comercialização de combustíveis, entre eles a gasolina, o etanol e o diesel. Em Hortolândia, estima-se que cerca de R$ 700 mil deixariam de chegar aos cofres públicos, por ano. Essa verba é utilizada nos serviços de tapa buracos das ruas da cidade.
Além de manter a Comissão de Monitoramento da Crise em alerta com reuniões diárias, o prefeito vai reunir seu secretariado na próxima semana para elencar os possíveis problemas que devem afetar os municípios. O trabalho deverá ser apresentado aos demais prefeitos da RMC.
Este artigo foi enviado pela Prefeitura de Hortolandia
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