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Prefeitura implanta projeto para melhorar aprendizagem

Para melhorar os indicadores educacionais nas escolas municipais e o aprendizado de Matemática e Língua Portuguesa, a Prefeitura de Hortolândia implanta, a partir de agora, o projeto “Aprender Mais: melhorando o Ideb”. A iniciativa beneficiará cerca de 13 mil estudantes de 1o a 5o ano, em 28 Emefs (Escolas Municipais de Ensino Fundamental). Entre as metas está aprimorar ainda mais os índices do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), criado pelo governo federal para medir a qualidade do aprendizado nacional e estabelecer metas para a melhoria do ensino nas escolas brasileiras, públicas e particulares. Em 2015, a rede municipal de Hortolândia alcançou 6,5. Os índices de 2017 ainda não foram divulgados. A escala de avaliação vai de um a dez.

O projeto foi lançado durante o Seminário de Educação Integral, que trouxe de volta a Hortolândia, em março passado, a Prof.ª Dr.ª Jaqueline Moll, titular da Faculdade de Educação da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), ex-diretora de Currículos e Educação Integral da Secretaria de Educação Básica do MEC (Ministério da Educação) e referência em educação integral no Brasil. Além da palestra sobre “Educação Integral: currículo e desenvolvimento”, foram realizadas, entre os dias 19 e 23 de março, formações específicas sobre o projeto, ministradas pela pedagoga e doutora em Educação, Ana Sueli Teixeira, e pelo professor Marco Botelho, especialista em Docência do Ensino Superior na área de matemática. Ana Sueli é também autora do projeto Aprender Mais e diretora pedagógica da Prose7e.

Após a formação, oferecida a cerca de 570 profissionais da Educação, e a distribuição dos kits do aluno, os cadernos de apoio à aprendizagem, um de Matemática e outro de Linguagens (Língua Portuguesa), começam a ser usados em sala de aula. Cada aluno recebe dois kits, com quatro livros no total: dois para usar no primeiro semestre letivo e outros dois, no segundo.

“Este material está me ajudando muito, pois tenho dificuldade em Matemática. A gente tem que ter mais raciocínio para pensar, tem que estar com a cabeça mais livre. Dá um ‘mexe-mexe’ na minha cabeça. De Português eu gosto, tenho mais facilidade. Eu gosto de ler, de fazer textos, de criar e ter imaginação. Meu sonho é ter um livro”, revela Guilherme Antony Santos Lopes, de 10 anos, estudante do 5o ano A da Emef Caio Fernando Gomes Pereira, no Jd. Nossa Senhora Auxiliadora. “Agora, sinto que assim estou ficando mais esperto. Mostra uma maneira de pensar que ajuda a fazer a conta”, explica o garoto. “Achei bem legal. Vai incentivar a gente a aprender mais, Matemática e Português. Fala sobre o que a gente precisa e favorece o entendimento, porque sou bem ruim em Matemática, apesar de a professora sempre buscar nos ajudar a saber mais as contas. Percebi que a maneira de ensinar é diferente”, indica a colega de sala Júlia dos Santos Gouveia, de 11 anos.

A percepção da garota é real. De acordo com a professora da turma, Cristina Moraes, que passou por formação com a equipe do projeto, além do material próprio e específico, que servirá de apoio em sala, o “Aprender Mais” vem para provocar em alunos e professores a busca pelo conhecimento e alterar estratégias de trabalhar. “Ter material pronto melhora muito. Tem uma sequência didática. A proposta é desafiar os alunos, trabalhar a curiosidade, despertar o interesse para que eles queiram participar ou participem pela necessidade. Podemos trabalhar ora individualmente, ora com agrupamentos, de dois ou mais, corrigir juntos”, esclarece a profissional, experiente na Prova Brasil, que afere os índices do Ideb. “Esta será minha quinta ou sexta prova. O projeto vem agregar ao conteúdo passado em sala”, avalia, ressaltando outro aspecto importante da iniciativa: sua implantação um ano antes da realização da prova, aplicada em anos ímpares.

“A formação foi bem rica, com um material muito bom, textos bem escolhidos e em grande quantidade, o que facilita a exposição. O projeto complementa o que a gente já faz em sala de aula para tornar as crianças mais letradas”, afirma a coordenadora pedagógica da escola, Luciane Dobelin Barion. Segundo Eliane Guimarães Mendes e Hadley Ferreira faria, coordenadoras pedagógicas do CFPE (Centro de Formação dos Profissionais em Educação) “Paulo Freire”, embora a Prova Brasil seja direcionada a estudantes do 5o ano, é importante começar a preparação dos alunos desde o 1o. ano, uma vez que há outras avaliações diagnósticas que compõem o Sistema de Avaliação da Educação Básica, como a Provinha Brasil, para os do 2o ano, e a ANA (Avaliação Nacional da Alfabetização), para os do 3o ano. “Serão trabalhadas diversas habilidades e competências. Queremos melhorar o aprendizado e alterar para melhor o índice do Ideb. O material de apoio tem atividade mais elaboradas e, na formação, foram apresentadas estratégias de atuação do professor em sala de aula que fazem a diferença, como jogos matemáticos e maneiras de trabalhar a geometria, por exemplo”, destacam. “O material de apoio não substitui o livro didático, é preparatório para os simulados. O projeto estimula a mudança de postura em sala e vem com escritores muito bons”, acrescentam as professoras do 4o ano, Eliete Damasceno e Azelita Alves dos Santos.

“O projeto Aprender Mais colabora na construção de intervenções pedagógicas necessárias à superação dos desafios apresentados pelos processos de avaliação, a exemplo da Provinha, da ANA e da Prova Brasil. O objetivo é diagnosticar, avaliar e orientar os professores da rede municipal de Ensino, a partir dos dados obtidos com essas avaliações e uso de materiais didáticos direcionados aos alunos, tendo em vista a melhoria dos indicadores educacionais e do grau de proficiência em Língua Portuguesa e Matemática. Com isso, torna-se possível obter melhores resultados na qualidade da educação, contribuindo de forma favorável a ascensão do Ideb do nosso município”, afirma a diretora de Ensino Fundamental, Roberta Diniz.

“O objetivo do projeto é colaborar para a melhoria da aprendizagem das crianças em Língua Portuguesa e Matemática. Propõe uma trilha metodológica diferenciada, de modo que, em Língua Portuguesa, as crianças tenham oportunidades de aprender as práticas sociais de leitura escrita. A gente introduz uma sequência didática, de modo que as crianças possam interagir com contextos de letramentos diferenciados e fazendo uma aproximação a partir da apreciação literária, das práticas sociais de leitura, da compreensão leitora, da análise linguística e da produção de texto oral escrito, desenvolvendo a formação de comportamentos leitores e escritores, porque esta é a tônica da proposta”, explica Ana Sueli. “Em matemática, a gente trabalha na perspectiva da problematização, onde as crianças vão resolver situações problemas utilizando o conhecimento matemático para isto. Nós trabalhamos os quatro eixos: números e operações, espaço e formas, grandezas e medidas e tratamento da informação”, complementa a pedagoga.

“Se por um lado, a Prova Brasil é uma proposta de larga escala, que avalia a rede, a ideia do projeto Aprender Mais é garantir a aprendizagem de cada criança, acompanhando esse processo, de modo que todas possam avançar nos conhecimentos de Língua Portuguesa e Matemática. Em cada volume, temos um simulado com 20 questões para que as crianças também possam vivenciar experiências em torno de questões relacionadas à Prova Brasil e às outras avaliações que são aplicadas como a Provinha Brasil, no 1o e 2o ano e a ANA, no 3o ano e a própria Prova Brasil, no 4o e 5o. anos. Então, o que a gente espera é criar uma trilha metodológica de modo que o professor compreenda estes descritores, os processo de aprendizagem (como se forma um leitor, como se forma um escritor, como se aprende matemática na escola), a partir de situações da vida cotidiana das crianças. Essa é a expectativa e a trilha construída “, afirma Ana Sueli.

Este artigo foi enviado pela Prefeitura de Hortolandia

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