A Prefeitura de Hortolândia, por meio da diretora do Hospital Municipal Mário Covas, Gislaine Cavalcante Raposo, denunciou vídeo forjado nas dependências do hospital sobre suposta falta de atendimento médico. A ocorrência aconteceu na última segunda-feira, dia 6, onde o vídeo, de poucos segundos, mostra uma pessoa caída ao chão, que é observada por um médico. A cena foi postada em redes sociais buscando denegrir a imagem do hospital, dos profissionais da saúde e das ações públicas em saúde. Logo após a denúncia o vídeo foi ocultado na manhã desta sexta-feira (dia 10).
De acordo com relato da diretora, o paciente B.B.P. compareceu ao hospital por volta das 12h30, visivelmente alterado e apresentando sinais de agressividade e agitação. O paciente jogou os documentos no balcão e em menos de 10 minutos ele foi atendido pelo setor de triagem, onde constatou que os sinais vitais estavam estáveis, não se tratando de atendimento emergencial. Encaminhado para a sala de espera para a consulta, o paciente apresentou novamente sinais de agressividade e proferindo xingamentos. Às 12h45 o paciente foi até a recepção e disse que não iria mais esperar pelo médico e que queria atendimento imediato. Em seguida ele simulou um desmaio, se jogando ao chão. Consciente, ele foi acudido por três profissionais da saúde: um médico, uma técnica de enfermagem e uma enfermeira. O paciente foi avaliado e o médico percebeu que ele estava simulando e possuía plenas condições de se levantar e ir até o consultório. O paciente se recusou a levantar, começou a agredir verbalmente os servidores e, após alguns minutos ele se levantou e foi embora.
Uma testemunha que estava no hospital ouviu o paciente perguntando para a sua acompanhante se ela tinha gravado a cena. Em poucas horas, às 14h17 o vídeo com alguns segundos de duração foi postado por L.G. em uma rede social, mostrando apenas o paciente já no chão e sendo observado por um servidor da saúde. A mulher também foi citada no Boletim de Ocorrência como autora.
Para o secretário municipal de Saúde, Marcelo Borges, ficou claro a nítida intenção de forjar uma situação, de uma suposta falta de atendimento, para que fosse filmado e posteriormente compartilhado nas redes sociais. “Pelo depoimento das testemunhas e relato dos profissionais ficou evidente a tentativa de forjar uma situação que colocasse em xeque o atendimento do nosso hospital. Diante desta fraude procuramos a Delegacia de Polícia, elaboramos Boletim de Ocorrência sobre o crime de difamação, apresentamos o nome do paciente e da pessoa que postou o vídeo forjado nas redes sociais, temos testemunhas sobre o ocorrido e queremos que a Justiça investigue e tome as devidas providências. Queremos com isso resguardar, de forma documental, todos os profissionais do nosso Hospital que desenvolvem um belo trabalho de acolhimento de todos que procuram a unidade hospitalar. Confio nas leis e espero que a Justiça seja feita. Não podemos tolerar, ainda mais num ano eleitoral, que pessoas usem de má fé para denegrir a imagem do nosso Hospital, local que atende mais de 500 pessoas por dia”, declarou o secretário de Saúde.
O caso de difamação segue para o delegado Fernando Bueno de Castro para apuração.
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