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Pessoas com deficiência têm apoio para conseguir emprego por meio do PAT de Hortolândia

Entre 2017 a 2021, o órgão registrou aumento de 1.754% no número de vagas de emprego oferecidas para PCDs

Hortolândia se consolida como cidade inclusiva para as pessoas com deficiência (PCDs). Para promover a inclusão desse público no mercado de trabalho, a Prefeitura investe na captação e na oferta de vagas de emprego para PCDs. O investimento tem dado resultado. De acordo com dados do PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador), órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Turismo e Inovação, houve aumento de 1.754% no número de vagas de emprego oferecidas pelo órgão de 2017 a 2021 (veja quadro abaixo). Em 2017, foram 83 vagas (das quais 12 eram exclusivas para PcDs e 71 inclusivas, ou seja, que também aceitavam PCDs). Já em 2021, o órgão disponibilizou 1.539 vagas (das quais 147 exclusivas para PCDs e 1.392 inclusivas). 

Uma das pessoas com deficiência que conseguiu emprego por intermédio do PAT foi Fernando Henrique Pereira Torres (foto), de 25 anos, que tem hemiplegia (paralisia parcial em um dos lados do corpo). Por motivos familiares, ele se mudou do Mato Grosso para Hortolândia, em outubro do ano passado. 

Na busca por emprego, o jovem procurou o PAT para se candidatar a uma vaga, que não era para PCDs, de consultor de vendas em uma empresa de proteção veicular. Durante a fase de entrevista, Fernando conta que o empregador ficou impressionado com seu currículo profissional e decidiu contratá-lo.

Engajado na questão da inclusão de PCDs, Fernando salienta que já sofreu preconceito por ser deficiente. “Limitação física não é limitação intelectual. É importante que haja igualdade de oportunidades profissionais para todos, inclusive as pessoas com deficiência”, salienta o jovem.  

Desde sua contratação, Fernando elogia a atitude acolhedora com que foi recebido na empresa. “Sou tratado de igual para igual por todos. Tenho um relacionamento franco com meu gerente. Apesar de já ter experiência na área de vendas, o trabalho superou minhas expectativas e tem me agregado novas experiências e conhecimentos para minha carreira profissional”, destaca Fernando.

Dentre seus planos futuros, Fernando pretende finalizar um artigo científico sobre PCDs, elaborado em parceria com um amigo que é membro da Comissão Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, para ser apresentado a autoridades políticas da região. Outro projeto é retomar os estudos acadêmicos na área de Direito, que ele iniciou na UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso).

AMADURECIMENTO

A conquista do primeiro emprego é um marco na vida de Débora Muniz do Carmo, de 25 anos. Moradora do Jardim Amanda, a jovem, que é deficiente auditiva, também conseguiu trabalho por meio do PAT. Débora foi contratada para atuar na área de vendas on-line em uma grande empresa varejista instalada no município que divulgou vagas específicas para PCDs no ano passado.

A mãe da jovem, Patrícia Leal, destaca o atendimento do órgão. “A equipe foi atenciosa com a minha filha. O PAT faz um trabalho direcionado para pessoas com deficiência. Acredito que isso foi fundamental para ela ter conseguido a vaga”, elogia Patrícia.

O trabalho está sendo importante para o desenvolvimento da jovem. “É o primeiro emprego dela. A Débora está feliz. Antes, ela estava angustiada porque entregava currículos, mas não dava certo. O trabalho está ajudando no amadurecimento e na socialização dela. Ela está mais disciplinada por causa da escala de horário no trabalho”, destaca a mãe.  

A mãe destaca o tratamento que a filha recebe da empresa. “Ela foi muito bem acolhida e se sente integrada na empresa”, salienta Patrícia. A mãe ainda ressalta que tem percebido uma mudança na mentalidade das empresas sobre a contratação de pessoas com deficiência. “É importante que todas as pessoas, inclusive as PCDs, tenham chance de se realizarem profissionalmente. As empresas devem abrir oportunidades para quem é diferente. A interação com pessoas diferentes nos ensina a respeitar as diferenças”, salienta Patrícia.

A coordenadora do PAT Hortolândia, Sandra Paiva, destaca que, por meio da parceria com o órgão, as empresas da cidade aumentaram significativamente a contratação de PCDs, nas áreas comercial, industrial e administrativa em 2021. “As empresas têm demonstrado interesse pela mão de obra PCD, que pode produzir tanto quanto ou até mais que as demais pessoas. Isso é motivo de orgulho e satisfação para nós. Neste ano, continuaremos a trabalhar para que essa tendência continue forte e se torne comum, fazendo com que as empresas venham a abrir um número ainda maior de vagas de trabalho inclusivas para PCDs. Nossa meta é continuar trabalhando, sempre com o objetivo de oferecer mais e melhores condições de acessibilidade para todos aqueles que buscam trabalho”, destaca Sandra.

Ano

Vagas exclusivas para PCDs

Vagas inclusivas

Total de vagas

2017

12

71

83

2018

173

110

283

2019

167

120

287

2020

54

547

601

2021

147

1.392

1.539

Este artigo foi enviado pela Prefeitura de Hortolandia

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