O Ministério Público de Hortolândia instaurou inquérito civil para averiguar denúncias de perturbação do sossego público no Jardim Amanda 2. As supostas irregularidades foram verificadas durante operações realizadas pela corporação para coibir os chamados “pancadões” no bairro, nos quais centenas de jovens se reúnem durante os finais de semana à noite, ligam carros com som alto, consomem excessivamente bebidas alcoólicas, promovem a venda de drogas e ainda fecham as ruas, não permitindo o tráfego de veículos, segundo a PM. Estes eventos costumam acontecer em frente aos bares.
De acordo com a denúncia feita pela PM, uma pizzaria localizada na Avenida Brasil foi flagrada, no fim de março, com o alvará vencido havia dois anos. O restaurante disponibilizava karaokê aos clientes, mas o prédio não possuía isolamento acústico. Outra lanchonete, localizada na Rua Vinícius de Moraes, também foi denunciada. Os policiais flagraram um grupo musical atuando no estabelecimento, o que era vetado no alvará. O bar também estava funcionando após as 22h, horário em que o local deveria fechar. Segundo a PM, esta lanchonete também era ponto de aglutinação de jovens e os barulhos gerados atrapalhavam não só a população, mas também a própria PM. O som alto era audível na 4ª Companhia, que fica nas proximidades, e os policiais afirmaram que atrapalhava o atendimento ao público e o registro de dados.
Apesar das denúncias e das ações preventivas da polícia nestes locais, os “pancadões” não deixaram de acontecer e continuam incomodando os moradores. Após operações da PM na Avenida Brasil, os jovens começaram a se reunir na Rua Tiradentes, em frente a lagoa do bairro, mas em área residencial. “Eles ficaram cerca de seis meses fazendo algazarra, chegava a juntar umas 2 mil pessoas. Dezenas de carros com som alto ligado, que treme até as paredes das nossas casas. É impossível descansar”, contou um dos moradores, que preferiu não se identificar.
“Há um tempo, a polícia veio fiscalizar, e eles (jovens) sumiram, mas no final de semana voltaram. Ficam em umas 100 pessoas, mas precisa coibir isso já, enquanto tem pouca gente. Não aguentamos mais”, continuou o morador do bairro A PM relatou ao MPE que, em abril, realizou fiscalização no local com o objetivo de dispersar os jovens, mas foram recebidos com garrafas e outros objetos arremessados. Foi necessário o uso de bombas de efeito moral.
Dando início às investigações, o MPE solicitou à Prefeitura informações com relação à fiscalização dos bares e restaurantes da cidade, às autuações que já foram realizadas e se já foram adotadas providências com relação aos estabelecimentos denunciados. A reportagem questionou a Administração sobre o assunto, mas não houve retorno. A PM também foi questionada sobre as ações preventivas, mas também não respondeu.
Fonte: liberal.com.br
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