Com medo da proliferação do mosquito da dengue, moradores do Jardim Nossa Senhora Auxiliadora estão denunciando um terreno baldio do bairro que está tomado por entulho. De acordo com a denúncia, até eletrônicos são jogados no local, se tornando criadores do mosquito da dengue, além do perigo de acidentes e animais peçonhentos.
Por email, um dos moradores do bairro denunciou o descaso do proprietário do terreno, que não foi identificado. “Esse terreno com todo esse entulho fica na Rua Italo Gregório, antiga Dezesseis. Nesse entulho tem até tubo de televisão quebrado onde está juntando água”, afirma.
Ainda segundo moradores, o problema persiste em outros pontos da cidade. No Jardim Amanda, a moradora Edina Moreira Procópio também denunciou o descaso em um terreno baldio. “Tem um terreno ao lado de casa que só me dá problemas. Dengue, ratazanas e lixo, mas o dono não está nem aí”, comentou.
A moradora afirma que o terreno onde o lixo está se acumulando fica no cruzamento da Rua José do Patrocínio com a Rua Almada Negreiro. A Prefeitura de Hortolândia divulgou no último dia 11, que a cidade estava com 154 casos de dengue confirmados.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa através de email, mas até o fechamento desta edição, não havia obtido retorno. A Administração foi questionada qual o valor da multa aplicada aos proprietários de terrenos baldios com essas características e se uma atitude já havia sido tomada em relação a esses dois casos.
ESPECIALISTA
O acumulo desenfreado de lixo pode causar graves doenças para os moradores, de acordo com o Ministério da Saúde. A maior parte das doenças é causada por animais e insetos que se acumulam nos amontoados de lixo, proliferando bactérias a céu aberto.
O principal problema seria o acúmulo de vetores de baratas e moscas, que pousam no lixo e depois nos alimentos que serão consumidos pela população, provocando diarréias. Além disso, com o aumento de chuvas no período das “águas de março” o risco de proliferação do mosquito Aedes aegypt, causador da dengue, é maior. Em meio ao lixo espalhado nas ruas, há muito material que pode acumular água, como pneus, garrafas, latas e sacolas.
“Na verdade, o lixo é o que se chama de um problema fitossanitário, porque ele propicia acúmulo de vários tipos de animais e insetos, como ratos, baratas e escorpiões. Isso por si só já e um elemento de risco. Tem também a contaminação do solo e do lençol freático pelo chorume. Se estiver a céu aberto, nesse período de chuvas, também funciona como ampliação de criadouros de mosquitos da dengue. O importante é dar destinação adequada ao lixo. O hábito de separar o lixo de material reciclável do orgânico é muito saudável, porque você acaba diminuindo o volume de lixo e acaba permitindo que muitos desses materiais não sejam jogados em material de compostagem pra acumular água de chuva”, comentou o médico Ruy Macedo.
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