Prefeito Antonio Meira participa da cerimônia de lançamento do programa na Região do Jardim Amanda, nesta segunda-feira (19/08)
Com o ingresso de mais 378 pessoas, moradores da região do Jardim Amanda, o programa “Medicamento em Casa” completa cinco meses de atividades, beneficiando cerca de 1,8 mil pacientes crônicos, hipertensos e diabéticos, em quatro regiões de Hortolândia. O lançamento da nova etapa aconteceu na manhã desta segunda-feira (19/08), no auditório da biblioteca da Emef Jardim Amanda I (CAIC), no Jardim Amanda II, em cerimônia que contou com a presença do prefeito Antonio Meira, da secretária de Saúde – Atenção à Urgência e Emergência, Paula Nista, vereadores e aproximadamente 120 munícipes recém-cadastrados no programa.
Ao todo, o programa, lançado em março deste ano, já atende 1.768 pacientes crônicos no Jardim Santa Clara, Jardim Rosolen, Novo Ângulo e, a partir de agora, no Jardim Amanda. São todos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) que, após cadastramento, passam a receber medicamento gratuito e orientação da equipe farmacêutica em casa, mensalmente. Na etapa seguinte, ainda sem data marcada, serão atendidos os munícipes da região do Nova Hortolândia.
Na região do Santa Clara, onde o piloto do programa foi lançado, os cadastrados começaram em julho a ter também o agendamento de consultas com clínico geral na UBS (Unidade Básica de Saúde) da área. Em breve, a medida será estendida aos atendidos nas demais regiões.
“Há quase oito meses, temos trabalhado muito para melhorar a vida da nossa população em todas as áreas: educação, saúde, transporte, mobilidade urbana”, afirmou o prefeito Antonio Meira. “Sabemos que a população quer um melhor atendimento de saúde. Aqui, na região do Jardim Amanda, a UPA 24h (Unidade de Pronto Atendimento) será entregue em breve. Agora, os moradores já contam com o ‘Medicamento em Casa’, que troca a fila no posto de saúde pela comodidade de receber o medicamento no conforto do lar. Temos investido em saúde. Estamos indo além do que diz a lei, que prevê um investimento de 15% do orçamento. Estamos investindo 27% e, no próximo ano, a previsão é que investiremos 31% na saúde, mais do que o dobro”, ressalta Meira.
Durante a apresentação à comunidade, a secretária Paula Nista explicou aos presentes que a proposta do “Medicamento em Casa” vai além da garantia de acesso aos medicamentos da “cesta básica”, vigente nacionalmente. Outros objetivos do programa são: orientar os inscritos para que a medicação prescrita e entregue seja efetivamente usada, de maneira correta, e assegurar que, pelo menos a cada seis meses, sejam reavaliados por médicos da rede básica, dependendo da especificidade de cada caso. Deste modo, aumenta-se a adesão ao tratamento, evita-se a automedicação e o risco de complicações, internações e mortalidade – situações que acabam sobrecarregando o atendimento no Hospital Municipal e Maternidade Mário Covas. “Entre 80 e 90% da população de Hortolândia é usuária do SUS, o que significa 180 mil pessoas, de um total de 200 mil. Destes, a maioria é hipertensa e/ou diabética, que por não fazer o tratamento da maneira correta ou não ter acompanhamento periodicamente, acaba se descompensando e lotando o hospital”, esclarece a secretária.
À medida que o programa avança, atenta às sugestões dos usuários, a Secretaria de Saúde – Atenção à Urgência e Emergência vai fazendo os ajustes necessários. Um deles foi o uso de etiquetas coloridas para que pacientes com dificuldades de visão ou pouca escolaridade possam identificar mais facilmente a quantidade e o medicamento a tomar pela manhã, à tarde ou à noite. Outra mudança, surgida após a constatação de que aproximadamente 30% dos cadastrados não estão em casa para receber a equipe do programa, será a indicação que participem pelo menos a cada três meses das reuniões dos grupos HiperDia (para hipertensos e diabéticos), nas unidades vinculadas à Secretaria de Saúde – Atenção Básica e Especializada. Deste modo, garante-se que receberão orientações importantes sobre a condução do tratamento. A partir de agora, este será um novo critério de participação no programa.
De acordo com Paula Nista, chegar à região do Jardim Amanda representa tanto um avanço de público, de expectativa de usuários no sistema, quanto à possibilidade de atender a aspectos sociais que antes não eram percebidos claramente. É que as equipes perceberam que alguns pacientes estavam desistindo do cadastro, porque não queriam perder a oportunidade de sair de casa uma vez por mês para ir até o posto rever os conhecidos, conversar com outras pessoas. “É um aspecto social importante, que precisa ser considerado”, explica Paula. “A gente valoriza muito essa questão humana. Quando a gente conversa percebe que alguns são extremamente abertos, mas outros pensam: ‘Estou dentro de casa e preciso ir para a sociedade.’ Que atividade eu posso oferecer, dentro do programa que garanta isso? É por isso que colocamos como critério do programa que, a cada três meses, eles participem de um grupo entre hipertensos, diabéticos e ali se socializem, troquem informações, relatem como é o dia a dia deles não só com relação à questão medicamentosa, mas sobre outros assuntos, como se alimentaram naquele dia. São trocas que vão contribuir de uma maneira muito diferente”, esclarece a secretária.
De acordo com a Secretaria de Saúde – Atenção Básica e Especializada, há grupos de hipertensos e diabéticos em três unidades localizadas no entorno. Na UBS (Unidade Básica de Saúde) do Jardim Amanda, acontecem encontros quinzenalmente, às quartas-feiras, às 15h, para troca de receitas médicas. Na última quinta-feira do mês, às 8h, acontece o grupo de educação em saúde. Na USF (Unidade de Saúde da Família) do Jardim Amanda os grupos se organizam por micro-áreas às quintas-feiras, às 7h30. São grupos abertos que discutem temas da saúde em geral, não apenas os voltados a hipertensos e diabéticos. Na USF São Bento, as reuniões costumam ser às sextas-feiras, às 7h30. Excepcionalmente, neste mês, os encontros têm acontecido às segundas.
Expectativas positivas da população
O motorista José Maria Félix, de 47 anos, hipertenso há 15 anos, veio ao lançamento conhecer o programa. Costuma ir duas vezes por mês à unidade de saúde buscar medicamentos que, às vezes, estão em falta. Dada à rotina atarefada, acredita que a entrega em casa pode ajudá-lo tanto no acesso mais fácil aos remédios quanto na constância do tratamento. Também cadastrada, a dona de casa Maria Aparecida Moreira, de 62 anos, acha interessante a ideia de ter profissionais da saúde ajudando a controlar a validade da receita médica, além do conforto de receber o medicamento em casa. Opinião parecida com a de Aparecida Ercília Vitório, de 61 anos. Diabética e hipertensa há cinco anos, a dona de casa atua como vendedora de vez em quando. Poder receber em casa o medicamento, antes retirado no posto, é para ela algo que “vai facilitar”.
Kit personalizado
Os inscritos recebem kit personalizado, com medicamentos de uso pessoal, caixinha para guardá-los, panfleto explicando como funciona o programa e quadro de horários para ingestão de remédios. Mais de 20 medicamentos de uso contínuo são distribuídos gratuitamente, com regularidade, na residência dos que aderem ao “Medicamento em Casa”.
Compostas por farmacêuticos e auxiliares de farmácia, as equipes trabalham uniformizadas com camisetas, crachás e bonés e, além da entrega, fazem o trabalho de “farmácia clínica”, que consiste na orientação dada ao paciente durante a primeira visita sobre aspectos como cuidados no armazenamento e o trabalho de acompanhamento, com avaliações mensais sobre a adesão ao tratamento.
Caso sejam verificados erros e dúvidas, é solicitada nova visita e orientação farmacêutica. O programa conta com canais próprios de comunicação: o telefone 3887-2395 e o email medicamentoemcasa@hortolandia.sp.gov.br. Em caso de dúvida, é só entrar em contato.
Fonte: Assessoria de Comunicação / Prefeitura de Hortolândia
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