Sob forte comoção de parentes e amigos, a administradora Rosângela Marques dos Santos, de 31 anos, e sua filha, Alicia Marques Ribeiro, de apenas três anos, foram enterradas na manhã de ontem, no Cemitério Parque de Hortolândia, em Hortolândia. As duas teriam sido assassinadas de forma cruel por Silvério Lúcio Ribeiro, de 38 anos, esposa da vítima e pai da menina, que teve o corpo encontrado em uma estrada rural de Ubatuba, litoral norte de São Paulo.
Durante a cerimônia, o avô de Alicia e alguns familiares passaram mal, sendo necessário o apoio de uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), para prestar os primeiros socorros. Um padre da arquidiocese de Campinas também se exaltou com profissionais da imprensa que estavam no local.
Segundo a Polícia Civil, a prisão preventiva de Silvério já foi pedida à Justiça e deve ser decretada ainda essa semana. O caso continua sendo apurado pela Polícia Civil de Hortolândia.
CRIME
Alicia Marques Ribeiro, de apenas três, estava com um corte profundo no pescoço e foi encontrada às margens de uma estrada que liga a Rodovia Rio-Santos (BR 101) à praia de Ubatumirim.
A criança foi sequestrada pelo pai logo após ele ter esfaqueado a sua ex-mulher até a morte, por volta das 6h de segunda-feira. Segundo a Polícia Civil, a criança deve ter presenciado o pai ter esfaqueado e matado a sua mãe. Logo após o crime, o acusado fugiu usando o carro da família, um Corsa Classic. Junto ao corpo de Alicia, os policiais encontraram uma bolsa com roupas da menina e uma cadeirinha usada por crianças em automóveis.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Elias Kobaiyashi, a Polícia Civil de Ubatuba, após a localização do corpo, procurou casos onde uma criança com as mesmas características haveria desaparecido. “A Polícia Civil de Ubatuba procurou casos em que uma criança com as mesmas características havia desaparecido e descobriram sobre o crime de segunda-feira, em Hortolândia”, relatou.
“Logo em seguida, a Polícia Civil de Hortolândia procurou fotos da menina no notebook apreendido na casa da vítima. A foto do IML (Instituto Médico Legal) foi comparada às imagens do computador da vítima”, comentou.
“Acionamos os familiares da vítima de Hortolândia e quando chegaram, mostramos as fotos de Ubatuba e, de imediato, reconheceram o corpo da menina”, afirmou o delegado. “Encaminhamos os familiares para Ubatuba para o reconhecimento no IML’. Sobre o veículo usado no crime, o delegado informou que ainda não há notícias do paradeiro. “Ele não tem nenhum familiar no litoral de São Paulo”, completou.
O laudo do IML apontou que a criança teria morrido no mesmo dia em que o corpo havia sido encontrado e a causa da morte seria hemorragia externa por esgorjamento, ou seja, com um corte no pescoço.
Até o fechamento desta edição, o autor não havia sido encontrado. O carro do autor também não havia sido localizado.
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