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Mabe convoca credores para discutir recuperação

Justiça de Hortolândia marcou para o dia 23 de outubro a primeira assembleia de credores da Mabe

Mabe convoca credores para discutir recuperação
Empresa, que tem unidade em Hortolândia, tenta se organizar para pagar os credores

A Justiça de Hortolândia marcou para o dia 23 de outubro a primeira assembleia de credores da Mabe, fabricante de eletrodomésticos que enfrenta processo de recuperação judicial.

O objetivo, segundo despacho do juiz da 2ª Vara Cível da cidade, Fabrizio Sena Fusari, é discutir, aprovar, rejeitar ou modificar o plano de recuperação apresentado pela empresa ao Judiciário. A assembleia acontecerá no ginásio do Guarani Esporte Clube, em Campinas, a partir das 10h.

Em maio deste ano, a Mabe entrou com um pedido de recuperação alegando problemas financeiros. Segundo a empresa, o objetivo é superar a crise e preservar os direitos dos credores. No mês passado, a fabricante apresentou à Justiça um plano no qual se compromete a pagar credores e funcionários em até 10 anos.

Antes de ser homologado pelo juiz, o documento deverá passar pelo crivo da assembleia. Os prazos para os pagamentos variam para cada tipo de dívida, de acordo com o plano.

Funcionários que possuem pendências trabalhistas, por exemplo, deverão ser os primeiros a receber. Para cobrir os débitos, a Mabe poderá vender maquinário e imóveis de sua propriedade.

Crise

Terceira maior fabricante de eletrodomésticos do país, a Mabe é proprietária das marcas Dako, GE e Continental. A empresa possui unidades em Hortolândia e Campinas, onde trabalham cerca de 2,7 mil funcionários. O Brasil representa 25% do faturamento mundial da Mabe, de US$ 4 bilhões em 2012, e é seu maior mercado, à frente do México.

No dia 2 de maio, a empresa demitiu 1,3 mil funcionários da unidade em Itu. Um dia depois, a Mabe pediu a recuperação judicial por “problemas de liquidez”.

“Além dos efeitos da crise mundial de 2008, a Mabe também sofreu perdas significativas em razão do aumento de custos de produção não repassados aos consumidores, o qual foi provocado pela recente alta nos índices de inflação e câmbio somado à insuficiência da demanda e o alongamento do prazo de pagamentos de clientes varejistas. Estas dificuldades levaram ao fechamento da fábrica de Itu”, justificou a fabricante no plano encaminhado à Justiça.

Fonte: O Liberal



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