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Hortolândia realiza estudo sobre resíduos sólidos

Qual o tipo e a quantidade de resíduos sólidos produzidos em cada região de Hortolândia, em diversas faixas socioeconômicas da população? Para encontrar tais informações, a Prefeitura de Hortolândia, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, realiza um estudo técnico, a gravimetria. Com os dados obtidos, é possível aprimorar as políticas públicas de gerenciamento de resíduos domésticos, otimizando as ações e os recursos da Administração.

O estudo, desenvolvido pela empresa “Humanizar Consultoria Socioambiental”, teve início em janeiro. A etapa de coleta de dados foi finalizada na última sexta-feira (06/02). A ação faz parte da elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico, gerenciado pela Prefeitura, por meio de recursos do Fehidro (Fundo Estadual de Recursos Hídricos).

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Além da iniciativa municipal, Hortolândia também é objeto do Estudo de Concepção de Resíduos realizado pelo Consimares (Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Campinas), do qual faz parte. Até abril, o consórcio realiza, também em parceria com a “Humanizar Consultoria Socioambiental”, o estudo de gravimetria nos oito municípios participantes do órgão. Outras cidades que compõem o Consimares são: Americana, Capivari, Elias Fausto, Monte Mor, Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste, e Sumaré.

Gravimetria

O estudo de gravimetria consiste na análise quantitativa e qualitativa dos resíduos produzidos no município, a partir do recolhimento de amostras de resíduos domésticos. Posteriormente, é feita a pesagem e a identificação das amostras, de acordo com o bairro e a rua em que foram coletadas.

Após isso, é feita a separação e classificação dos materiais, como orgânicos ou inorgânicos (plástico, papel, metais, tecidos, isopor, etc).

O objetivo da análise é fornecer dados para que a Prefeitura conheça e administre a produção, a coleta e o tratamento de resíduos domésticos na cidade.

Outro objetivo do estudo é verificar se, entre os resíduos que vão para a coleta convencional de lixo, há materiais estranhos descartados incorretamente, como pilhas e lâmpadas.

Segundo a diretora de Meio Ambiente, Eliane Nascimento, o trabalho visa identificar os tipos e as quantidades de resíduos descartados pela população. “Em análises preliminares, a empresa destaca que já é possível aferir que o maior volume é de resíduos orgânicos e as menores quantidades são de metais”, diz Eliane. De acordo com a diretora, alguns resíduos que, por determinação de leis específicas, deveriam ter destinação adequada, ainda vão parar no lixo comum. “Um exemplo disso é a quantidade significativa de lâmpadas fluorescente, pilhas e até bateria de celular, que vão para o Aterro Sanitário”, destaca Eliane.

“Os resultados finais desse estudo permitirão propor um modelo tecnológico para o gerenciamento dos resíduos sólidos do município”, completa a diretora.

“Precisamos entender de que forma os resíduos são gerados, qual região e qual faixa econômica mais o produzem. É preciso conhecer para aplicar políticas públicas que apresentem grande resultado”, afirma o secretário de Meio Ambiente, Aldo Aluísio Silva. “Assim podemos também gerenciar o que já vem sendo feito na cidade, como PEVs (Ponto de Entrega Voluntária) e a coleta convencional de lixo, realizada pela Secretaria de Serviços Urbanos”, conclui o secretário.

Segundo o engenheiro superintendente do Consimares, Valdemir Ravagnani, a ação fornece ferramentas para que os municípios se adequem com relação aos resíduos e atendam à PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos). “Para cumprir a lei e atingir as metas, é preciso saber o que produz”, diz.

De acordo com Ravagnani, a medida auxilia na elaboração de iniciativas como definição de locais para instalar um ponto de coleta de resíduos recicláveis, cooperativas e espaços para compostagem de material orgânico, por exemplo. “Será possível saber em quais regiões da cidade se produz mais resíduo reciclável ou orgânico, para que a partir daí, as Prefeituras façam a gestão de resíduos”, destaca Ravagnani.

Enquanto o investimento da Prefeitura no estudo vem de recursos municipais do Fehidro, o investimento do Consimares na iniciativa, do trabalho de campo até o relatório final em todas as oito cidades, é de R$ 470 mil.

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