
A Feira de Ciências mais importante do Brasil premiou a estudante Maria Eduarda Magalhães da Silva, de 18 anos, moradora de Hortolândia, com um projeto inovador de matemática computacional. A jovem foi reconhecida na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE) por sua pesquisa intitulada Sírus: Simulando Imagens de Raio-X através da Matemática Computacional. Com o prêmio, ela garantiu vaga em uma feira internacional de ciência nos Estados Unidos.
Feira de Ciências premia projeto sobre simulação de imagens de raio-X
A Feira de Ciências FEBRACE é um dos principais eventos científicos estudantis do país, promovendo iniciativas que envolvem ciência, tecnologia, engenharia e matemática. O projeto de Maria Eduarda foi orientado pela professora Thais Lima Alves e obteve destaque entre centenas de propostas de todo o Brasil.
Com o projeto Sírus, a estudante utilizou conceitos de matemática computacional para simular imagens de raio-X, mostrando como algoritmos podem reproduzir visualmente exames médicos sem a necessidade de equipamentos físicos. De acordo com os organizadores da FEBRACE, a proposta apresentou alto nível técnico e potencial de aplicação futura na área médica.
Homenagem da prefeitura reforça incentivo à pesquisa
Na terça-feira (2), Maria Eduarda foi homenageada pelo prefeito de Hortolândia, Zezé Gomes. A cerimônia reconheceu o esforço da jovem e a relevância de sua conquista para a cidade. O prefeito destacou a importância da dedicação à educação e da valorização do conhecimento científico entre os jovens da rede pública.
Durante o evento, realizado na sede da prefeitura, Zezé Gomes ressaltou que o feito da estudante serve de inspiração para outros alunos da cidade. Maria Eduarda é ex-aluna da Escola Estadual Professora Hedy Madalena Bocchi e já demonstra interesse em seguir carreira na área de ciência e tecnologia.
Participação internacional em Massachusetts
Como parte do reconhecimento da FEBRACE, Maria Eduarda irá representar o Brasil em uma feira internacional de ciências promovida pela multinacional 3M, em Massachusetts (EUA). A feira é voltada para jovens talentos de diversas partes do mundo que desenvolvem projetos com potencial de transformação social e tecnológica.
A participação na feira internacional permitirá que a estudante apresente sua pesquisa a especialistas estrangeiros, além de ampliar suas perspectivas acadêmicas e profissionais. De acordo com os organizadores do evento norte-americano, a seleção de projetos como o de Maria Eduarda reforça o compromisso global com a inovação na educação.
Educação pública e ciência: um caminho possível
A premiação da jovem cientista traz à tona o debate sobre o papel da educação pública no desenvolvimento de talentos científicos. Em um cenário em que muitos estudantes enfrentam dificuldades de acesso a recursos tecnológicos, a trajetória de Maria Eduarda evidencia que o incentivo à pesquisa pode gerar resultados expressivos.
Professores da rede pública e gestores educacionais veem a conquista como um exemplo prático dos benefícios de políticas de fomento à iniciação científica nas escolas. Projetos como o Sírus demonstram que, com orientação adequada e dedicação dos estudantes, é possível alcançar reconhecimento em eventos de grande porte.
Projetos científicos no ensino médio ganham destaque
Cada vez mais comuns em feiras e olimpíadas, os projetos desenvolvidos por alunos do ensino médio têm conquistado visibilidade nacional e internacional. A FEBRACE, por exemplo, é considerada uma das principais vitrines para jovens cientistas brasileiros.
O destaque de estudantes como Maria Eduarda sinaliza a importância de manter iniciativas de apoio à pesquisa nas escolas. De acordo com dados da própria feira, mais de 85% dos projetos apresentados têm origem em escolas públicas, reforçando a necessidade de continuar investindo na formação científica desde cedo.
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