Com o início da Primavera, nesta sexta-feira (22/09), os dias ficam mais longos, com o nascimento do sol mais cedo e o pôr-do-sol alguns minutos mais tarde, a cada dia. Isso aumenta o tempo de exposição solar. O sol é benéfico para o ser humano, uma vez que auxilia o organismo a sintetizar vitamina D. No entanto, excesso de luz solar pode causar problemas de saúde, como queimaduras, envelhecimento precoce e até mesmo câncer de pele. O dermatologista Gustavo Dacar Uslar, que atende no Centro de Especialidades Médicas da Prefeitura de Hortolândia, dá dicas de como aproveitar os benefícios do sol e se proteger da radiação solar.
A energia emitida pelo sol é chamada radiação solar. Da radiação emitida, aproximadamente 50% chega à superfície da Terra: parte é absorvida pelo oxigênio e pelo ozônio da atmosfera, parte é refletida de volta à atmosfera pelas nuvens e pela superfície terrestre, e parte é dissipada antes de chagar à superfície (o que dá a cor azul ao céu). Metade desta energia que chega à Terra é a luz visível. O restante são raios infravermelho ou ultravioleta. Os que causam maior danos à saúde, devido à exposição solar, são os raios ultravioletas (UV).
O sol da manhã é importante para que o organismo sintetize a absorva bem a vitamina D. “No entanto, após as 10h e antes das 16h, o sol se torna perigoso: há risco de queimaduras de primeiro grau, envelhecimento, aparecimento de machas, lesão pré-cancerígena e até mesmo, câncer de mama. Por isso, é preciso evitar se expor diretamente ao sol neste período do dia”, enfatiza o dermatologista.
O profissional indica o uso diário de protetor solar, mesmo para quem se expõe ao sol nos horários recomendados. “Quando alguém usa filtro solar, o fator de proteção do produto indica quantas vezes a pessoa está protegida da radiação UV se comparado a alguém que não está usando nada. Então, se o produto oferece proteção de fator 30, significa que quem usa está 30 vezes protegido do sol”, explica Uslar. Segundo o especialista, os filtros solares mais eficazes são os que oferecem proteção acima de 30.
Uma dica importante é quanto a quantidade e a reaplicação do produto. “Para cada área do corpo, é recomendado uma quantidade de uma medida de colher de chá: uma para o rosto, uma para cada braço, uma para o abdome e uma para as costas. Para as pernas, duas medidas para cada. A cada três horas, o produto precisa ser reaplicado”, orienta o médico.
“Crianças acima de seis meses já podem usar protetor solar específico. Após os dois anos de idade, podem usar filtro de proteção solar comum, usado por adultos. Além dos produtos para a pele, roupas, bonés, chapéus e sombrinhas ajudam a proteger ainda mais”, garante Uslar. De acordo com o profissional, a luz necessária ao organismo humano é absorvida mesmo com o uso de fator de proteção solar.
Caso alguém se exponha ao sol sem proteção e apresente sintomas de queimadura, como vermelhidão, inchaço e dor local, a saída é aplicar produtos dermohidratantes, produtos específicos para a pele, encontrados em farmácias, diferentes dos hidratantes cosméticos. “As pessoas precisam da luz solar. Faz bem para a saúde ficar exposto algum tempo no sol. Mas é preciso tomar estes cuidados para que, a longo prazo, esta exposição não represente um problema de saúde”, alertou o dermatologista.
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