I Encontro da Rede de Atenção Psicossocial e Saúde Mental do Município de Hortolândia reuniu usuários, familiares, trabalhadores e gestores para discutir formas de qualificar serviço
Dezenas de pessoas se reuniram, nesta sexta-feira (22/03), no Caps I (Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil), para discutirem políticas públicas de saúde mental durante o I Encontro da Rede de Atenção Psicossocial e Saúde Mental do Município de Hortolândia. O evento promovido pela Prefeitura de Hortolândia, por meio da Secretaria de Saúde, teve como objetivo refletir sobre a rede de atenção psicossocial e analisar diretrizes de atendimento aos pacientes. Participaram do evento usuários dos Caps, familiares dos pacientes, funcionários destas unidades e coordenadores do serviço. Uma das novidades da Rede de Atenção Psicossocial de Hortolândia será o início de atendimento 24 horas no Caps Vida, cujo público principal são adultos com transtornos mentais. Este atendimento integral está em organização e deve iniciar ainda neste semestre, como foco no acolhimento de pacientes em crise.
Ao longo do encontro, foram apresentadas três palestras: “Crianças e adolescentes e a produção da saúde mental em suas vidas”; “A produção da saúde em rede”; e “Luta Antimanicomial”. No período da tarde, grupos de trabalho discutiram sobre estes temas. “Discutimos as práticas dos serviços oferecidos nos Caps e propostas para qualificar estes serviços”, enfatizou a coordenadora do Caps AD (Álcool/Drogas), Marina Fernandes Santos.
Uma das pessoas que acompanhou a programação foi a dona de casa Cecília Aquino, de 53 anos, moradora do Jd. Santana. O filho dela é autista e participa das atividades do Caps I. “Gosto de vir nestas palestras porque aprendo com as outras pessoas”, destacou.
Rede de Atenção Psicossocial
Em Hortolândia, a rede de atenção psicossocial é consolidada em atendimentos que acontecem nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e nos Caps (Centros de Atenção Psicossocial). Nas UBSs, há uma equipe multidisciplinar, composta por enfermeiros, agentes comunitários de saúde, técnicos de enfermagem e médicos, que auxiliam na estruturação do atendimento em saúde e acompanham os pacientes. Após o diagnóstico, os casos mais graves são conduzidos para o Caps (Centro de Atenção Psicossocial), onde recebem tratamento, como terapias e oficinas, além de acompanhamento médico, terapia ocupacional, assistência social e psicológica. Crianças e jovens com idade até 18 anos passam por atendimento no Caps Infantil. No Caps Vida, são atendidas pessoas com mais de 18 anos, com neuroses e psicoses. Já no Caps AD (Álcool e Drogas), o atendimento é voltado para dependentes químicos. As três unidades atendem de portas abertas, ou seja, não é necessário encaminhamento médico para procurar atendimento.
Recentemente, profissionais de enfermagem das unidades de urgência e emergência do município, como UPAs-24h (Unidades de Pronto Atendimento), Hospital Municipal Mário Covas e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), participaram de um curso de capacitação em saúde mental, para a oferta de atendimento mais humanizado e integrado aos pacientes psiquiátricos em crise. Com isso, a rede de atenção psicossocial passou a contar, também, com suporte especializado das unidades de urgência.
Este artigo foi enviado pela Prefeitura de Hortolandia
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