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Artimanhas e conflitos políticos podem enfraquecer Hortolândia

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O vereador Zezé(PT), em entrevista ao jornal Página Popular, anunciou que pretende deixar sua função de líder da bancada do partido na Câmara. Essa decisão se deu depois do desentendimento entre os vereadores do PT, em virtude da eleição da nova Mesa Diretora do Legislativo.

Na ocasião, Zezé e Gervásio, também do PT, disputavam a presidência da Câmara internamente. Dez vereadores estavam apoiando a candidatura de Zezé, entre eles Regis e Zaca, e os outros nove estavam no grupo de apoio à Gervásio. O acordo foi feito entre eles depois de mais de 12 horas de reunião. Contudo, quando os vereadores foram fazer a eleição interna do partido para apresentar um nome para a eleição da Câmara, os vereadores Zaca e Regis mudaram de ideia e votaram em Gervásio.

Zezé falou aou Página Popular que “Eles foram pilantras porque estava extremamente acordado entre a gente. Jurou até meia noite que estava tudo certo. Então, quando fizemos a reunião, eu pedi voto aberto e o primeiro a falar que não queria voto aberto foi o Regis, então, ele e o Zaca voltaram atrás de suas posições, depois de tantas horas de reunião”, contou Zezé.

Apesar da disputa interna, na eleição oficial que ocorreu na Câmara, Zezé e os demais vereadores, exceto Valdeci de Jesus (PROS) votaram no vereador Gervásio para presidente.

Zezé afirma que o problema não foi ter perdido a presidência da Casa, mas a “traição” que recebeu dos dois vereadores. “Eu não tenho nada contra o Gervásio. O problema foi as pessoas que traíram. Mesmo porque o companheiro é do PT. Eu acho que se tenho uma divergência dentro do partido, eu tenho que acertá-la no partido. O problema é que tem gente que acerta com o inimigo, mas não acerta com o companheiro. Eu não vou fazer oposição para o governo do meu partido. Vou fazer meu trabalho. Não é por causa da presidência. O problema foi a falta de caráter”, falou.

De acordo com a assessoria de imprensa do presidente do PT em Hortolândia, Angelo Perugini, todos os seis vereadores do partido tinham possibilidade de serem presidentes da Câmara nesse próximo biênio e, para ele, é normal que disputas aconteçam. A assessoria informou ainda que Perugini participou de reuniões com a bancada sobre o assunto, mas sempre no sentido de conscientizar os vereadores da necessidade de manutenção da coesão entre todos os membros, em consonância com o Executivo Municipal.

Perugini diz ter ficado muito satisfeito com a escolha de Gervásio para presidir a Mesa Diretora já que foi uma escolha unânime entre os vereadores do partido e que tinha a anuência do prefeito Antônio Meira (PT).

Ele ainda afirmou que “a escolha do novo líder da bancada do partido passará por reuniões internas na próxima semana mantendo o mesmo norte: a coesão entre os vereadores eleitos do PT com o objetivo central na manutenção do sucesso que a Administração Municipal vem obtendo na realização dos anseios populares”, diz a nota.
Valdeci de Jesus

No dia da eleição da Mesa Diretora, o vereador Valdeci de Jesus (PROS) foi o único que se manifestou na Tribuna e votou contra a nova Mesa. Para ele, o processo de formação da chapa contrariou a democracia. Na ocasião, Valdeci disse que foram estabelecidos acordos para que a chapa fosse montada, inclusive, com a promessa de favores e cargos e que isso não era justo, mas que não tinha nada contra o presidente eleito.

O vereador ainda criticou dois vereadores, que teriam faltado com respeito e ética no processo de escolha da chapa e se lamentou por justo esses vereadores terem se ausentado do plenário no momento em que ele estava falando. Enquanto Valdeci falava os únicos vereadores ausentes eram Regis e Zaca.

Ouça a fala do vereador:

“Infelizmente não estão todos os vereadores presentes. Sinto muito por alguns vereadores não desempenharem seus papeis como legislador. Eu fico entristecido com a posição de algumas pessoas. Os vereadores que estão aqui presentes sabem de quem eu estou falando. Eu votei não, eu declaro meu voto, mas eu tenho respeito pelo companheiro Gervásio. Eu falo isso com muita responsabilidade e transparência. Respeito a maioria dos votos aqui, mas discordo da posição de algumas pessoas de usarem os outros para conseguir certas coisas. Não podia me calar diante do que aconteceu e acho que o Legislativo não poderia ser conduzido dessa forma, mas respeito”, disse ele na tribuna, na ocasião livre.

Coincidentemente quase dez dias depois de se manifestar nas tribunas o vereador foi condenado por um crime acontecido em 2005 o qual seu advogado afirmou se tratar de um golpe político. (Saiba mais do caso)

Créditos: Página Popular

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