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Ana Perugini defende efetividade da Patrulha Maria da Penha para reduzir feminicídios

deputada federal Ana Perugini

Ex-deputada participou de programa de rádio e falou da importância da conscientização de crianças e adolescentes

AMERICANA – Em entrevista concedida nesta terça-feira (17) à rádio Notícia FM, a ex-deputada Ana Perugini defendeu a implementação da Lei Maria da Penha no currículo de escolas públicas e privadas e a efetividade da Patrulha Maria da Penha como formas de reduzir a violência contra mulheres e a incidência de casos de feminicídio no país. Ana participou do programa “Jornal da Notícia FM”, apresentado por Edmilson Barbosa e Clóvis Magalhães.

A ex-parlamentar foi convidada pela emissora para avaliar avanços e desafios da lei federal 11.340/2006, que completou 15 anos no último dia 7. “A Lei Maria da Penha mostrou para a sociedade o que é violência contra a mulher. Antes da lei, a mulher sofria agressão em casa e não sabia. Não sabia que lesão corporal é uma forma de violência e que ela não pode ser subjugada pelo companheiro”, disse Ana à emissora de Americana.

Ana Perugini defendeu a inclusão da lei como disciplina transversal nas escolas, para que os jovens estabeleçam uma cultura de igualdade. “A violência doméstica é patológica, doentia e pode ser assimilada pelas crianças que crescem em ambientes turbulentos. Daí a importância da implementação da lei como disciplina nas escolas. A inclusão do tema em novelas e peças publicitárias também ajudam bastante”, afirmou.
Questionada sobre a efetividade das medidas protetivas de urgência, previstas na Lei Maria da Penha para proteger mulheres com a integridade física em risco, a ex-deputada citou um programa presente em diversos municípios brasileiros.

“Quando a mulher tem medida protetiva determinada por um delegado ou pelo juiz e, mesmo assim, vive ameaçada pela aproximação do ex-companheiro, ela pode recorrer à Patrulha Maria da Penha para que seja protegida”, explicou Ana Perugini.

No Estado de São Paulo, o programa é oferecido pela Polícia Militar e consiste no monitoramento de mulheres que, mesmo com determinação de distanciamento do companheiro pela Justiça, ainda sofrem ameaças. A iniciativa prevê um canal direto entre as vítimas de violência e a Patrulha para acionamento em casos de necessidade.

Ana terminou a entrevista pedindo o envolvimento de todos no enfrentamento da violência contra a mulher. “Toda sociedade precisa se mobilizar. Não é uma luta só das mulheres; é um desafio de todos”, avaliou a ex-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados e ex-coordenadora nacional da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos das Mulheres no Congresso Nacional.

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