Iniciativa da Prefeitura de Hortolândia ministra capacitação para equipes das escolas municipais para lidar e cuidar de crianças com deficiência que utilizam dispositivos para alimentação enteral ou traqueostomia
Hortolândia promove a inclusão social de diferentes públicos.Um exemplo disso é a ação da Prefeitura para incluir crianças deficientes que recebem cuidados médicos em casa no ambiente escolar, e com isso garantir o direito delas à educação. A ação ministra capacitação para as equipes de educação da rede municipal de ensino sobre como cuidar dessas crianças. A ação é realizada pelo PADO (Programa de Atendimento Domiciliar), órgão da Secretaria de Saúde, em parceria com a Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia.
A assistente social do PADO, Gleida Gonçalves Mingueti, conta que a ação começou a ser desenvolvida a partir de duas crianças deficientes, que são pacientes do órgão. As famílias das crianças matricularam-nas na EMEIEF (Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental) Leni Pereira Prata, no Jardim Ângulo, e na EMEI (Escola Municipal de Educação Infantil) Professora Rosimar Bertão Gomes, no Jardim Minda. Em virtude disso, a ação foi iniciada com as equipes das duas escolas. A capacitação é ministrada pela equipe do órgão, formada por profissionais das áreas de assistência social, fisioterapia e enfermagem.
Gleida explica que as duas crianças têm necessidades especiais. “São crianças que precisam de cuidados específicos de saúde e acompanhamento de cuidadores. Elas enfrentam muitas barreiras para ir à escola. Por isso, é necessário capacitar as equipes das escolas onde elas estão matriculadas. A ação é para sensibilizar e orientar as equipes para que consigam lidar e cuidar dessas crianças de forma adequada e com segurança”, destaca a assistente social.
A coordenadora de Educação Especial e Inclusiva, Milena Oliveira, reforça o caráter inclusivo da ação. “O objetivo é promover a inclusão, o acesso e a permanência de crianças domiciliadas com segurança no ambiente escolar. Para garantir isso a elas, é importante capacitar e oferecer conhecimento sobre os cuidados necessários para as equipes de educação das escolas”, destaca Milena.
RESULTADO POSITIVO
A ação já tem dado resultado positivo no ambiente das duas escolas. De acordo com as equipes que receberam a capacitação já é perceptível uma mudança no comportamento dos demais alunos em relação às duas crianças deficientes. As equipes relatam que os demais alunos já se aproximam e demonstram preocupação com as duas crianças deficientes contempladas pela ação.
Essa percepção é confirmada por Andreia Araújo Oliveira, mãe da pequena Isabella, de 4 anos, uma das crianças inclusas nesta ação. Ela é aluna do Jardim I na EMEI Professora Rosimar Bertão Gomes. “As outras crianças estão gostando de interagir com a Isabella. Elas tocam nela com carinho, e aí a Isabella percebe e sorri. Tem um garotinho que sempre pergunta dela”, conta a mãe.
Andreia conta que Isabella é atendida pelo PADO desde 2017, quando ainda era recém-nascida. Em função de uma doença rara, a menina precisa utilizar dispositivos de traqueostomia e de alimentação e é cadeirante.
Apesar disso, Andreia ressalta que fez questão de matricular Isabella em uma escola por considerar que isso seria benéfico para o desenvolvimento e a sociabilização dela. “A Isabella melhorou muito. Ela está interagindo mais. Antes, ela falava bem pouco. Ela já grita mais e consegue falar palavras curtas”, destaca Andreia.
A mãe elogia a iniciativa da Prefeitura para promover a inclusão escolar de crianças deficientes. “O trabalho está sendo excelente. No começo, a escola e a equipe estavam receosos. Eles tinham medo de tocar, pegar ou levantar a Isabella por ela ser deficiente. Mas com a capacitação, eles estão mais confiantes agora”, destaca Andreia.
Mesmo diante de todas as dificuldades enfrentadas, Andreia procura desmitificar a visão estigmatizada que as pessoas têm em relação às crianças deficientes. “As pessoas podem até achar que a Isabella é uma criança frágil em alguns aspectos. Mas ela é mais forte do que muita gente imagina. Ela entende quando a gente fala com ela. Por isso que eu fiz a matrícula dela em uma escola. Lá, ela pode se desenvolver, ver as outras crianças e brincar com elas”, salienta Andreia.
De acordo com o PADO e a Secretaria de Educação, a ideia é de ampliar a ação para que possa beneficiar mais crianças deficientes do município, e com isso possibilitar que elas possam frequentar a rede de ensino municipal. A próxima escola que receberá a capacitação será a EMEF Professora Lílian Cristiane Martins de Araújo, no Jardim Estefânia. A capacitação está prevista para ser ministrada ainda neste mês.
Este artigo foi enviado pela Prefeitura de Hortolandia
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