Muito mais do que um esporte, o futebol é um patrimônio cultural do mundo e se tornou uma importante ferramenta de transformação social, mercadológica e até política. Não à toa, é a modalidade mais popular do planeta e uma das maiores paixões do ser humano.
Para se ter ideia da dimensão do que é o futebol pelo mundo, um balanço da Fifa divulgado em agosto de 2023 revelou que existem hoje cerca de 4 mil clubes profissionais ao redor do globo, considerando apenas as duas primeiras divisões de cada país, ou seja, o número total é ainda maior do que isso.
Neste caso específico, o continente que abriga a maior parte desses times é a Europa, com 1.360, seguido pela Ásia (1.024), África (1.008), Américas do Norte, Central e Caribe (368), América do Sul (200) e Oceania (64).
No Brasil, o futebol é como uma religião e isso se confirma pelo fato de que grande parte da população pratica a modalidade constantemente, seja como atletas amadores ou jogadores profissionais, além de acompanharem todas as partidas no estádio, pela televisão, rádio ou internet. Mais do que isso, é o esporte mais apostado no país, sendo possível encontrar mais informações sobre o assunto no Oddschecker, plataforma que reúne as cotações das principais casas de apostas da atualidade.
Mas, afinal, quantos times de futebol existem em terras tupiniquins? Para responder isso de forma mais exata, é preciso separar aqueles que são considerados clubes profissionais e os amadores, já que seus objetivos e responsabilidades são bem distintos dentro e fora de campo.
Os números da CBF
Principal entidade que rege a modalidade no país, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) publicou um levantamento em abril de 2023, indicando que hoje existem 1.276 clubes que praticam o esporte em território nacional, entre profissionais (850) e amadores (426). Diferentemente do estudo da Fifa, que levou em conta apenas as primeiras divisões nacionais, a CBF apresentou o número total de equipes registradas.
Clubes profissionais
Entende-se como profissionais aqueles clubes que participam das principais competições de alto rendimento reconhecidas pela CBF ou federações estaduais, seja em categorias de base ou nível adulto, tanto masculino quanto feminino. Do total de 850 times que se enquadram nesse grupo, segundo a entidade máxima do futebol nacional, apenas 124 estão envolvidos nas divisões principais do país, sendo 20 na Série A, 20 na Série B, 20 na Série C e 64 na Série D.
Todas as equipes restantes possuem um calendário totalmente regional, participando das divisões inferiores de torneios estaduais e/ou municipais ao longo do ano. Isso significa que apenas 14,6% dos clubes profissionais brasileiros possuem de fato um calendário a nível nacional durante o ano todo.
Quando se fala naqueles que realmente têm condições de serem campeões, o número é ainda menor. Considerando apenas a divisão de elite do Brasileirão e a Copa do Brasil, apenas 21 clubes na história conseguiram levantar a taça dessas competições, sendo 13 da região Sudeste, seis do Sul e apenas dois do Nordeste do país.
Clubes amadores
Para definir o que são os clubes amadores de futebol no Brasil é preciso entender como eles atuam. Em linhas gerais, são equipes caracterizadas por algumas particularidades que as diferenciam dos times profissionais, como o fato de serem associações sem fins lucrativos, geralmente com estrutura precária, gestão voluntária e cujos atletas e demais envolvidos não recebem salário para atuar. Ou seja, representam a verdadeira paixão do brasileiro pela bola.
Geralmente, essas equipes participam de campeonatos locais e regionais, organizados por ligas independentes. O objetivo principal das competições amadoras é a confraternização, a prática esportiva e a integração social, mas a busca por resultados a todo custo também tornam as disputas muito intensas e emocionantes.
Do ponto de vista social, os clubes amadores são imprescindíveis, pois promovem a inclusão e formação de cidadãos, além de desenvolver o senso de pertencimento. É também uma ótima ferramenta para a descoberta de talentos, já que muitas vezes essas equipes servem como base para a iniciação de jogadores que posteriormente se profissionalizam.
Embora não tenha como objetivo o lucro, muitos desses clubes sobrevivem ao tempo e tem histórias centenárias, como o Grêmio Esportivo Anchieta (1911, de Jacareí/SP) e a Sociedade Esportiva Guarani (1912, Belo Horizonte/MG). Em São Paulo, o AA Boa Esperança foi o único time a vencer mais de uma vez a extinta Copa Kaiser de futebol de várzea, em 1996 e 2000. Eles ainda ficaram com o vice em mais duas oportunidades, em 1998 e 2004.
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