O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que estabelece um limite para os reajustes do salário mínimo de 2025 a 2030. De acordo com a nova regra, o aumento será de até 2,5% acima da inflação, marcando uma mudança significativa na política de valorização do piso salarial.
Essa medida faz parte de um pacote de corte de gastos obrigatórios proposto pelo governo federal e aprovado pelo Congresso Nacional. A iniciativa visa ajustar o crescimento do salário mínimo ao novo arcabouço fiscal, garantindo maior controle das despesas públicas.
Impactos no Salário Mínimo de 2025
Com a nova regra, o salário mínimo de 2025 deverá ser de R$ 1.518, representando um aumento de R$ 106 em relação ao valor atual de R$ 1.412. Apesar de já ser estimado, o valor oficial será definido em um decreto presidencial nos próximos dias.
Essa mudança também reflete a implementação de um teto para o reajuste anual. Desde 2023, o cálculo do salário mínimo inclui a inflação acumulada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. Agora, o crescimento do PIB utilizado para o reajuste estará limitado a 2,5%, o que reduz o valor final em relação à regra anterior.
Economia para os Cofres Públicos
A aplicação dessa política econômica promete gerar uma economia de R$ 15,3 bilhões até 2030. Isso ocorre porque, segundo a Lei de Diretrizes Orçamentárias, cada R$ 1 de aumento no salário mínimo eleva os gastos públicos em R$ 392 milhões, especialmente em benefícios como a Previdência Social e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Comparação com a Regra Anterior
Caso a política anterior ainda estivesse em vigor, o salário mínimo para 2025 seria de R$ 1.528, considerando uma inflação de 4,84% pelo INPC e o crescimento do PIB de 3,2% em 2023. Com o novo teto, o reajuste do PIB ficou limitado, reduzindo o valor final para R$ 1.518.
Quando o Novo Valor Entra em Vigor?
O novo salário mínimo começará a ser pago no final de janeiro ou início de fevereiro de 2025, correspondente aos dias trabalhados em janeiro.
Com essas mudanças, o governo busca alinhar a política de reajustes ao equilíbrio fiscal, controlando o impacto nas contas públicas sem comprometer a proteção salarial mínima.
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