Segundo a Força Sindical, nesta quinta-feira (11/07) será o Dia Nacional de Lutas com Greves e Manifestações, movimento que deverá ocorrer simultaneamente em todos os Estados do pais. Categorias como metalúrgicos, químicos, construção civil, construção pesada, vestuário, transporte, alimentação irão cruzar os braços no dia 11.
Estas manifestações são para chamar a atenção da sociedade sobre a pauta trabalhista, que inclui o fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho, reajuste para os aposentados, mudanças na equipe econômica e mais investimentos para a saúde e educação.
Em São Paulo, na avenida Paulista, haverá uma grande ato às 12h. Pela manhã, os trabalhadores irão fechar a Marginal Tietê, a avenida do Estado e as rodovias Anchieta, Castelo Branco, Raposo Tavares, Fernão Dias, Dutra e Mogi-Bertioga. No interior paulista, ocorrerão manifestações nas cidades de Campinas, Piracicaba, Ribeirão Preto, Franca, Santos, Guarulhos, Osasco, Sorocaba, Piracicaba, Lorena, Araçatuba, São José dos Campos, entre outras. Os portuários também irão cruzar os braços.
No DF, haverá concentração na Catedral Metropolitana de Brasília. Os manifestantes devem seguir em passeata até o Congresso Nacional.
EM RJ, a Força Sindical e mais seis centrais sindicais promovem uma manifestação conjunta no centro da capital, com concentração na Candelária, a partir das 15h. O protesto é pelo cumprimento da Pauta Trabalhista, criada na Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat) de 2010. Além do ato em defesa da pauta trabalhista, paralisações e manifestações estão sendo previstas em diversos pontos do Estado do Rio. Metroviários, bancários, estivadores, portuários, químicos, metalúrgicos e funcionários de laboratórios de análises clínicas já confirmaram paralisações para o dia 11. Os professores e profissionais da educação do Rio fazem assembleia dia 11 no Cine Odeon, no centro, às 10h, e participam, em seguida, do ato conjunto promovido pelas centrais sindicais. Também professores da rede municipal de São João de Meriti e Duque de Caxias cruzarão os braços.
Em Porto Alegre, quatro caminhadas vão sair de diferentes pontos da capital a partir das 8h: da avenida Farrapos (terminal Cairú), do terminal Princesa Isabel (avenida João Pessoa), da rodoviária e do viaduto Obirici. Entre as pautas dos trabalhadores estãp postos de saúde 24 horas, transporte de qualidade, segurança para as famílias, fim do fator previdenciário, 40 horas de trabalho sem redução de salários, 10% do PIB para a saúde, 10% do PIB para a educação, aprovação da PEC 300 e nova tabela de Imposto de Renda com isenção até R$ 6 mil. Os rodoviários de Porto Alegre e da região metropolitana também vão aderir à manifestação – os ônibus, portanto, não vão circular na quinta-feira.
Em Florianópolis, os trabalhadores farão uma passeata pelo centro da cidade. A concentração será às 13h na praça Tancredo Neves.
Na Bahia, haverá manifestação em Salvador e Alagoinhas, Brumado, Caetité, Jequié, Ilhéus, Camaçari, Nazaré, São Roque e Itabuna. Na capital, os trabalhadores vão se concentrar no Campo Grande, às 11h, e irão caminhar até a praça Castro Alves.
Outras cidades do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, de Goiás, da Bahia, de Pernambuco, do Ceará, do Espírito Santo, do Amazonas e do Rio Grande do Norte também farão atos, assim como outros Estados.
Categorias ligadas à Conlutas também farão greve geral (11/07)
Segundo levantamento, ainda parcial, da CSP-Conlutas, diversas categorias de trabalhadores ligados à central sindical farão greve de 24 horas na quinta-feira. Entre eles, os servidores públicos federais, organizados no Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais, que envolve a base de vários setores como Saúde, Educação, Previdência, Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) – que já estão em greve nacional -, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Marinha Mercante, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e outros órgãos federais.
A Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), que representa 200 mil servidores federais em todo o País e cujas diversas representações estaduais são ligadas à CSP-Conlutas, deliberou greve geral em todas as universidades no dia 11. O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) está orientando suas entidades a participarem da paralisação também.
O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) orientou a participação, com paralisações, a todas as suas representações nos Estados. Essas categorias nacionais já estão com atividades marcadas em quase todos os Estados.
A CSP-Conlutas também divulgou que está impulsionando a paralisação dos metroviários de São Paulo e dos metalúrgicos de São José dos Campos e região, que vão paralisar fábricas e, provavelmente, bloquear rodovias, se somando às atividades dos metalúrgicos de São Paulo e do ABC. Também estão em preparação para o dia 11 os metalúrgicos e trabalhadores da mineração de Minas Gerais. Os operários da construção civil e pesada estão aprovando paralisações em sete cidades do Pará – inclusive Altamira, cuja base é parte dos trabalhadores de Belo Monte, em Fortaleza (CE) e Suape (PE). Os petroleiros de Sergipe e Alagoas também vão realizar atividades e os petroleiros da Baixada Santista (SP) devem fazer greve. Os trabalhadores dos Correios de Pernambuco farão paralisação. Além desses, param suas atividades os trabalhadores em processamento de dados de Porto Alegre (RS) e Florianópolis (SC). Participam ainda do dia 11 de julho, os comerciários do interior do Rio Grande do Sul e de Nova Iguaçu (RJ).
Fonte: Terra.com.br
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