De acordo com o Banco Central, o Comitê de Política Monetária (Copom) decide nesta quarta-feira (11) sobre o novo patamar da taxa básica de juros, a Selic. A expectativa do mercado, segundo o boletim Focus, é de uma elevação de 0,75 ponto percentual, fixando a taxa em 12% ao ano. Essa será a última reunião presidida por Roberto Campos Neto, antes da posse de Gabriel Galípolo em janeiro, este que foi indicado pelo presidente Lula.
A decisão ocorre após um ciclo de cortes que reduziu a Selic de 13,75% para 10,5% entre agosto de 2022 e maio de 2024, seguido por aumentos nas reuniões mais recentes devido à pressão inflacionária. A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou alta de 4,87% nos últimos 12 meses, impulsionada pelos preços de alimentos e passagens aéreas.
A incerteza no cenário econômico global também influenciou a decisão. O Copom mencionou a conjuntura incerta nos Estados Unidos, onde o Federal Reserve (Fed) ajusta sua política monetária diante da desaceleração econômica e da desinflação.
No Brasil, o Copom destacou a necessidade de políticas fiscais responsáveis para controlar a inflação. Com o IPCA acima do teto da meta de 4,5% para 2024, a autoridade monetária sinalizou que poderá intensificar a alta da Selic se a inflação persistir.
A taxa Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação, servindo de referência para outras taxas de juros da economia. A elevação da Selic visa conter a demanda e frear a alta de preços, mas também pode desacelerar a economia ao encarecer o crédito e estimular a poupança.
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