Brasil hoje se encontra no centro das atenções quando o assunto é internacionalização de startups Latino-Americanas. Se por um lado o país está cada vez mais vendo suas empresas se expandirem a outros países da região, a aterrissagem de companhias Latino-Americanas aqui também é uma realidade que cresce progressivamente.
Segundo o estudo Soft Landing, realizado em 2022 pela Endeavor, depois do México, o Brasil é o país que mais recebe startups Latino-Americanas. A investigação revela que os dois países possuem um mercado grande o suficiente para albergar empresas que alcançaram o status de unicórnio.
A plataforma de idiomas corporativa Nulinga, que nasceu em 2020 de olho no crescimento das companhias da região, opera em toda a América Latina com programas de inglês, espanhol e português feitos sob medida para empresas em processo de expansão a novos territórios. Com esse movimento, a língua portuguesa, antes pouco valorizada pelos países da região, agora vem se tornando protagonista.
Os números da plataforma confirmam esse movimento e antecipam que ele não deve desacelerar tão cedo. Este ano, o número de clientes corporativos aumentou 50% com relação a 2021 e os usuários ativos quase triplicaram no mesmo período. Até o final deste ano, a empresa espera registrar um crescimento de até 350%.
“O número de startups Latino-Americanas que estão vindo para o país é algo que nunca se viu antes. E nessas operações, muitos profissionais precisam aprender português. Não é nem o inglês, é português mesmo que elas precisam, e de uma forma imediata”, afirma Martin Barquinero, country manager da Nulinga no Brasil.
Rompendo barreiras idiomáticas e culturais
Entre os vários obstáculos que uma empresa Latino-Americana precisa enfrentar para se instalar no Brasil, a barreira cultural e idiomática costuma ser uma das mais complexas. Enquanto os países mais importantes da região compartilham o espanhol e diversos aspectos culturais, o Brasil acaba sendo um país mais difícil de se introduzir.
Para tentar derrubar essa barreira, a Nulinga se tornou o principal patrocinador da Innovation Week, um programa que visa justamente mostrar o ecossistema das startups brasileiras para empresários de diversos países da América Latina. Este ano, além das duas primeiras edições realizadas em São Paulo nos meses de março e junho, o programa também desembarcou com uma edição especial no México, em agosto. Todas elas com inscrições esgotadas.
“Quando um empresário da Argentina, do Chile ou da Colômbia era bem-sucedido em seu país, geralmente a expansão regional ocorria em vários países da América Latina e o Brasil acabava ficando de lado, por causa das diferenças culturais e idiomáticas”, afirma Martin Perri, CEO e co-fundador da Nulinga.
Para ele, no entanto, essa realidade já começou a mudar. Com a criação do programa, que visa fomentar reuniões entre companhias, fundos de investimento e venture capitals brasileiras e empresas que planejam iniciar operações no país, o interesse das startups latinas em expandir para o território brasileiro se tornou evidente e já há novas edições em planejamento para o ano que vem.
Segue abaixo, um bate papo com o Martin Barqui, Country Manager do Brasil, que complementa esse tema:
– Nos cursos de língua portuguesa, o que podemos citar como principal destaque (dificuldade nas regras, semelhança com o espanhol etc)?
Diferentemente do aprendizado do idioma espanhol, onde a maioria dos profissionais acha que é muito parecido com o português e que apenas ajustando uma palavrinha aqui e outro termo ali, já é o suficiente, existe uma dificuldade enorme dos estrangeiros latinos (língua hispânica) com a pronunciação e tempos verbais do idioma Português, o que acaba tornando muito complexo atingir a fluência no idioma se não houver um programa de desenvolvimento bem estruturado, um profissional bem preparado mas principalmente que tenha muita dedicação do aluno, aliada a prática consistente da conversação considerando seu contexto real.
Exemplo: saber pedir uma refeição num restaurante não é o mesmo que discutir um planejamento estratégico em uma reunião de negócios, ambas as situações são muito importantes, e para isso o repertório do vocabulário e conhecimento da estrutura do idioma são fundamentais.
Atualmente quais países estão migrando para o Brasil e qual a expectativa da procura pelo idioma português?
Empresas de origem mexicana, colombiana e argentina estão crescendo consideravelmente com fortes planos de expansão regional em direção ao mercado brasileiro e com isso entendem que o idioma é sim uma barreira para o atingimento de seus objetivos, até mesmo para a contratação de força de trabalho local, comunicação interna e um fator muito importante que é viver a cultura local através de seu idioma.
A maioria destas empresas já tem em seu roadmap um programa de desenvolvimento de idiomas como parte da estratégia para seu plano de expansão internacional.
– Quanto tempo leva aproximadamente para um latino ficar fluente na língua portuguesa?
O tempo estimado pode ser muito relativo, depende da disponibilidade de tempo, consistência e conhecimento prévio do idioma.
Ter um programa bem estruturado de acordo com a nivelação do MCER (Marco Comum Europeu de Referência) é muito importante para a previsibilidade da curva de aprendizagem de cada profissional.
Tendo como referência o nível C1 (Intermediário Superior) para uma proficiência satisfatória num cenário corporativo, o tempo pode variar de 20 a 40 meses considerando um conhecimento básico do idioma (a partir do nível A1- Principiante).
– Qual é o diferencial de aprender uma língua com uma escola especializada como a Nulinga?
Do ponto de vista do aluno, a flexibilidade de horários (06 a 21hrs), uma plataforma autogerenciável e simplificada, materiais interativos, o ambiente que estimula a troca de experiências entre profissionais do meio corporativo e um tutor pedagógico certificado e bem-preparado dedicado ao seu desenvolvimento, são os principais fatores para de fato engajar e potencializar seu aprendizado.
Por parte da empresa, o acesso ao painel de gestão, com destaque á indicadores como: nivelamento, frequência, resultado de testes e certificações, além do apoio direto de um executivo dedicado á sua empresa, com o acesso á relatórios de métricas, que ajudam na visibilidade da evolução do programa e possibilitam a tomada de decisões baseadas em dados reais e assertivos.
– Por que dar um voucher para o colaborador aprender um idioma muitas vezes não funciona?
Num contexto corporativo, o desenvolvimento de pessoas necessariamente tem de estar suportado por um programa que contém objetivos claros, métodos consistentes e ferramentas adequadas.
As equipes de DHO (Desenvolvimento Humano Organizacional) tem o papel importantíssimo de trilhar esta jornada junto aos seus colaboradores e não transferir essa responsabilidade para eles.
A Nulinga se posiciona como parceira estratégica dessas equipes, sendo a plataforma que fundamenta toda a parte técnica, pedagógica, e focada na melhor jornada de aprendizado dos colaboradores aliada aos objetivos de cada empresa.
O papel dos colaboradores é o compromisso, disciplina e dedicação com este aprendizado. A responsabilidade da empresa é a orientação e acesso a tudo o que envolve e for relevante para que esta experiência seja a mais produtiva possível.
Qual o nível de complexidade de aprender a língua portuguesa?
No aprendizado de um novo idioma, não existe “Fórmula Mágica”, mas existe metodologia, profissionais e tecnologia que associados a um plano bem elaborado, e de encontro à dedicação do estudante, constroem uma jornada de desenvolvimento organizado, previsível e orientados a resultados positivos para suas empresas.
Cada empresa possui um desafio diferente referente à idiomas, logo a estratégia de utilização da plataforma da Nulinga pode ser aplicada em diferentes contextos como:
– Ferramenta para PDI (Plano de Desenvolvimento Individual) e OKR (Objectives and Key Results);
– Atração e retenção de talentos;
– Benefício á Colaboradores e Familiares;
– Plataforma de testes para Processos de Seleção de Candidatos.
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