O laboratório farmacêutico EMS inaugurou em Hortolândia, nesta sexta-feira (23), a RBBL – Rio Biopharmaceuticals Brasil Ltda., primeira fábrica com nova tecnologia, de ponta, para produzir no Brasil e comercializar no país e no mundo, as moléculas de liraglutida e semaglutida, entre outras, destinadas ao tratamento de obesidade e diabetes. Esses medicamentos são os chamados peptídeos, análogos de GLP-1. Participaram da solenidade o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; a primeira-dama Janja; o vice-presidente Geraldo Alckmin; a ministra da Saúde Nísia Trindade; o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante; além do presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Celso Pansera; entre outros.
O anfitrião Carlos Sanchez, presidente do Conselho de Administração do Grupo NC, controlador da EMS, abriu a solenidade destacando o protagonismo nacional. “Desenvolvemos um produto no país, com tecnologia brasileira, do zero. Fabricamos desde a matéria-prima até o produto acabado e, isso, graças aos pesquisadores brasileiros e com o apoio do Governo Federal, que nos permitiu atingir esse patamar. A empresa completa 60 anos e esperamos que, nos próximos seis anos, faça o que fez nestas seis décadas, transformando-se em uma companhia com portfólio global”, afirmou.
O presidente Lula, que antes da cerimônia participou de uma visita guiada à nova fábrica, ao lado das demais autoridades, também discursou para os convidados. “É um dia muito gratificante por poder participar dessa inauguração. A expansão de uma empresa farmacêutica, como a EMS, é mais uma demonstração da qualidade dos empresários e mão de obra brasileira. Saúde hoje é sinônimo de pesquisa e tecnologia. Portanto, mais do que nunca, seu destino está atrelado ao desenvolvimento industrial, científico e tecnológico do país. O futuro começa agora e essa fábrica é o exemplo de que o futuro já chegou na área de saúde”, concluiu.
Já o vice-presidente Geraldo Alckmin ressaltou a importância desta inauguração. “Essa é uma fábrica que gera emprego, na vanguarda da inovação, de novos produtos que vão revolucionar a ciência e medicina, mas é, especialmente, uma fábrica que salva vidas”.
Em seu pronunciamento, a Ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que, além de celebrar, é preciso pontuar aquilo que ainda precisa avançar. “Sobre a questão da regulação na Anvisa, estamos trabalhando em conjunto com a agência para que haja uma aceleração daquilo que é estratégico para o país, uma priorização. Estamos interagindo com a diretoria que cuida do registro da liraglutida. Nós ouvimos hoje que, até outubro, teremos o registro deste importante medicamento”.
Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o Estado é fundamental na inovação. “A fábrica que visitamos vai inverter a lógica da EMS, que vai passar a ser exportadora, vai gerar superávit comercial, mais emprego, oportunidade, pesquisa e inovação. É necessário integrarmos a cadeia farmacêutica dos insumos que são necessários e financiarmos para dar mais soberania ao Brasil”, reforçou.
A cerimônia ocorreu no complexo industrial da companhia, em Hortolândia (SP), local onde está instalada a RBBL, e onde já funcionam, entre outras, as fábricas da EMS de medicamentos sólidos, líquidos, semissólidos, de embalagens de sólidos e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), o maior e mais moderno da América Latina.
Marco histórico
Com este marco histórico, no ano em que a EMS celebra 60 anos, a companhia se reposiciona como uma potência global de inovação e crava sua entrada nesse importante mercado de moléculas de análogos de GLP-1, o que reforça o protagonismo como uma empresa inovadora e líder no Brasil há 18 anos consecutivos e que está pronta para avançar no mercado mundial.
Voltada à produção de peptídeos sintéticos, análogos de GLP-1 (medicamento que age semelhante ao hormônio natural), a RBBL é uma unidade fabril altamente tecnológica, com capacidade para produzir 20 milhões de unidades de medicamentos por ano e demandou um investimento de R$ 70 milhões na fábrica – desse total, R$ 48 milhões de financiamento com o BNDES, em contrato assinado em 2020. De acordo com a EMS, a fábrica vai gerar 150 novos empregos e cerca de outros mil trabalhadores de forma indireta.
Tecnologia de ponta
O GLP-1 é um hormônio fisiológico produzido pelo intestino (incretinas), liberado na presença de glicose, que sinaliza ao cérebro que estamos alimentados, diminuindo o apetite. Ele aumenta os níveis de insulina e equilibra os níveis de açúcar no sangue. Estes remédios de inovação incremental serão fabricados pela EMS por meio de uma ultramoderna tecnologia existente para criar a nova geração de análogos de GLP-1, que proporcionará um tratamento mais seguro e com maior eficácia.
Nova fábrica da EMS
- Localização: complexo industrial da EMS, em Hortolândia (SP)
- Investimento: R$ 70 milhões na fábrica (R$ 48 milhões de financiamento do BNDES)
- Capacidade produtiva: 20 milhões de unidades de canetas por ano
- Empregos gerados pela nova unidade: 150 empregos diretos e mil indiretos
- Área construída: cerca de 2,5 mil m²
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