Casa dos Sentidos: evento gratuito na região de Hortolândia tem o objetivo de conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista

O Campinas Shopping recebe a partir do dia 30 de janeiro a exposição interativa Casa dos Sentidos. Aberto gratuitamente à visitação, o projeto artístico e arquitetônico tem a proposta de conscientizar sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Nas dependências da Casa dos Sentidos, com sala de jantar, cozinha, quarto e banheiro, que permitem aguçar tato, audição, visão, olfato e paladar, o cérebro é o espaço central da exposição.

A instalação, segundo os organizadores, busca traduzir sentimentos e vivências de crianças e adolescentes com TEA, utilizando a casa como símbolo para representar essas impressões. “Para nós é um privilégio sediar este projeto que tem tanto a contribuir para sensibilizar a população sobre o TEA e reforçar a necessidade de inclusão social por meio da arte”, afirma Thaís Sperancini U. Gomez, gerente de Marketing do Campinas Shopping.

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, nos últimos dois anos, o aumento de casos de TEA diagnosticados no Brasil foi de 15%. As salas de aula comuns, na avaliação da mesma entidade, passaram a receber 37% mais de alunos com TEA.

Mais detalhes sobre a Casa dos Sentidos

Para desenvolver a exposição interativa Casa dos Sentidos, a Montenegro Produções, responsável pela concepção do projeto, realizou um extenso processo de pesquisa a partir de vivências com crianças autistas.

A primeira etapa teve o acompanhamento de profissionais formados em psicologia, pedagogia, psicomotricidade, fonoaudiologia e terapia ocupacional. Contou também com o apoio da Tismoo, primeira startup de medicina e testes genéticos para autismo, e do The Muotri Lab, da Universidade de San Diego, nos Estados Unidos, que investiga os mecanismos fundamentais para o desenvolvimento do cérebro e de transtornos como o autismo.

Na segunda etapa, a Casa dos Sentidos buscou parcerias entre artistas e arquitetos no desenvolvimento da experiência imersiva. “Como mais uma parte deste projeto, a arte é o elo no campo expressivo que aproxima os sentidos e a inclusão”, destaca a pesquisadora Jocian Machado Bueno.

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