Com excelente timing cômico em seu programa no Multishow e nas novelas que participa, Tatá Weneck é uma das expoentes do humor atual no país, já Cauã Reymond também teve bons momentos na carreira. Por isso fiquei curioso quando fiquei sabendo que a comédia nacional Uma Quase Dupla teria os dois no elenco.
Anos luz a frente de besteiras como Os Parças e Um Candidato Honesto, o longa seria melhor caso desenvolvessem o roteiro onde as piadas e o humor físico fossem inseridos com maior naturalidade, do jeito que foi finalizado, serve apenas para Tatá repetir tudo aquilo que estamos acostumados a ver na TV, ou seja, jamais notamos a construção de personalidade da tal inspetora Keyla.
O diretor Marcus Baldini ainda se cercou de talentos como o roteirista Daniel Furlan, que também apresenta o Choque de Cultura no Youtube e o sempre engraçado Ary França e mesmo assim consegue ser previsível, nos “presenteando” (com muitas aspas) com uma reviravolta final que deixa o espectador com uma pontadinha de vergonha alheia. E para quem assistiu ao britânico Chumbo Grosso, há diversas semelhanças:
1º- policial sai de cidade grande para atender ocorrências em um lugarzinho afastado de tudo; Uma Quase Dupla
2º- todos os moradores são suspeitos;
3º- a dupla começa não se entendendo, mas tudo muda com o passar do tempo.
Mas não se iluda, Uma Quase Dupla não passa nem perto do longa protagonizado por Simon Pegg e Nick Frost. Mesmo assim, a química dos dois é boa e há duas ou três cenas me tiraram um sorriso do rosto. Com coadjuvantes que entram e saem sem a menor explicação, os pouco mais de 90 minutos passam arrastados e fazem com que esta seja outra típica comédia com o selo Globo Filmes. Vá por sua conta e risco ou se for realmente fã dos atores.
Por Éder de Oliveira
Jornalista e criador do site www.cinemaepipoca.com.br
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