No último domingo fui para um dos shopping-centers de Campinas, me deparei com diversas pessoas com camisetas estampando o rosto de Darth Vader, Luke e todos os outros personagens e sabia que, desta vez, não ia ao cinema assistir a apenas um filme, iria participar de um grande evento que mexe com o sentimento de muitos cinéfilos há décadas.
J. J. Abrams era o diretor ideal para este recomeço, pois é um dos Midas atuais de Hollywood, entende sobre a arte do cinema e, principalmente, ama a cine-série. Suas cenas de ação enchem os olhos, principalmente porque não há nenhum efeito especial fora do lugar ou utilizado em excesso – como ocorreu no péssimo ‘O Ataque dos Clones’. Aliás, a mescla de CG e efeito prático é promissora.
Além do carisma dos novos protagonistas, dentre eles a jedi Rey (a linda Daisy Ridley, que tem uma primeira cena grandiosa, como se já quisesse dar ao espectador a real noção de sua coragem) e o ex-stormtrooper Finn (John Boyega), a apresentação de Han Solo, Chewbacca e a Leia emocionam. Em relação ao vilão Kyle Ren, sua presença em cena e sua maldade são até maiores que a de Darth Vader, mesmo estando longe de ser icônico e inesquecível como seu avô, o problema é que Abrams erra o momento de tirar sua máscara e apresentá-lo ao público – assim como fez com o monstro de ‘Super 8’.
O respeito do diretor para com George Lucas é visto em todos os 140 minutos, pois há situações e motivações tão parecidas com ‘Uma Nova Esperança’ que incomoda, pois vejamos, Rey pode ser comparado a Luke, Han Solo a Obi Wan, BB-8 a R2D2 (mesmo que o novo robô seja tão carismático quanto seu antecessor), Maz Kanta a Yoda, além da insistência do Império em criar Estrelas da Morte que sempre são destruídas com certa facilidade, só para citar alguns.
Luke Skywalker desapareceu.
Em sua ausência, a tenebrosa PRIMEIRA ORDEM ascendeu das cinzas do Império e não descansará até que Skywalker, o último Jedi, seja destruído.
Com o apoio da REPÚBLICA, General Leia Organa lidera uma corajosa RESISTÊNCIA.
Ela está desesperada para encontrar seu irmão Luke e receber a ajuda dele para restaurar a paz e manter a justiça na galáxia.
Leia enviou seu mais experiente piloto em uma missão secreta para Jakku, onde um antigo aliado descobriu uma pista sobre o paradeiro de Luke….
A morte de Han Solo, que deveria ser muito sentida por conta da importância dele para o universo, passa muito rapidamente, assim como toda aquela situação e ambientação que nos remete a ‘O Império Contra-Ataca’.
Mesmo com equívocos, ‘O Despertar da Força’ tem mais qualidades que defeitos, com fotografia e cenários impecáveis – a luta de Rey com Kyle faz o espectador se segurar na poltrona – e uma apoteótica cena final com a reapresentação de Mark Hamill, deixará os fãs na expectativa do episódio VIII.
Por Éder de Oliveira
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