Desde que foi apresentado ao mundo, em 1977, o universo criado por George Lucas sempre se manteve no coração e nas mentes dos fãs e era óbvio que, mais cedo ou mais tarde, veríamos novas aventuras da saga. Após a Disney adquirir os direitos da Lucas Films e dar sinal verde para o episódio VII, dei de ombros por achar que não haveria mais histórias relevantes. Ledo engano, e se ‘O Despertar da Força’ já me ganhou por ser uma boa aventura, este ‘Rogue One – Uma História Star Wars’ já tem um lugarzinho no meu coração.
Rogue One, o melhor filme da franquia desde ‘O Império Contra-Ataca‘, se passa entre os episódios três e quatro e mostra os rebeldes rebeldes se infiltrando no Império para roubarem os dados com os planos da Estrela do Morte.
Não há aqui, a ingenuidade presente anteriormente, portanto, o modo com que as personalidades são tratadas – ninguém é somente bom ou mal – engrandece o texto dos excelentes Chris Weitz e Tony Gilroy e conhecemos também novos planetas, veículos, raças e famílias que foram destruídas por conta do Império (de um modo geral e tirando as devidas proporções, este roteiro traça um paralelo muito semelhante com a sociedade atual).
Gareth Edwards (do último ‘Godzilla’), tem total respeito com os fãs e com o próprio George Lucas, mas não deixa de dar um toque pessoal em sua direção, pois Jyn se mostra uma heroína muito bem resolvida e coadjuvantes como Chirrut, Galen Erso, Saw Guerrera e o androide K2PO têm papeis fundamentais na guerra.
Mesclando ainda efeitos práticos e digitais, somos convidados a apreciar momentos magníficos e cenários de encher os olhos. O primeiro ato demora um tempinho para engrenar, mas o segundo e terceiro atos são perfeitos, com edição ágil e a divisão certa para o espectador se importar com cada um.
A sutileza em relação às homenagens que Edwards faz a trilogia original é bem mais sutil, se comparados com a de J. J. Abrams. Agora é esperar o oitavo episódio e jamais duvidar das possibilidades infinitas que esta obra têm de nos surpreender e nos deixar com aquele sorriso de satisfação após os créditos finais subirem.
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Por Éder de Oliveira
Jornalista e criador do site www.cinemaepipoca.com.br
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