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Rambo na Netflix: criação e decadência de um Sub-Gênero

Com a inserção da trilogia de Rambo na Netflix, conseguimos entender os pontos fortes e todos os excessos deste sub-gênero da ação, tão conhecido e copiado nos anos 1980 e 1990, o ‘exército de um homem só’.

            Quando Rambo – Programado para Matar chegou aos cinemas em 1982, os Estados Unidos ainda sentiam o gosto amargo da derrota na Guerra do Vietnã. Muitos jovens soldados que voltaram para suas cidades, não conseguiam emprego e, consequentemente, eram acometidos de graves problemas psicológicos.

            John Rambo, para o bem ou para o mal, condensou todo este sentimento e transformou-se numa espécie de símbolo de uma geração.

            Diferentemente do livro, escrito por David Morell, o protagonista sobrevive e, ao final, transita, a pé, pela estrada, em busca da paz interior que, até aquele momento, parecia ter encontrado.

            O filme foi um sucesso e arrecadou mais de 125 milhões de dólares pelo mundo, contra apenas 12 milhões de seu orçamento.

            Três anos depois, com as feridas já cicatrizadas, Ronald Reagan na presidência e as investidas contra a União Soviética na Guerra Fria, eis que John Rambo surge como super-herói em Rambo II – A Missão, mostrando ao mundo que aquela nação não seria derrotada por ninguém.

            Levando ainda mais pessoas aos cinemas, o sub-gênero explodiu de vez. Podemos citar uma infinidade de títulos que usavam da mesma premissa, como Braddock – O Super Comando, Comando para Matar, Cobra (com o próprio Stallone) e, Escorpião Vermelho.

            Por fim, quando as empreitadas já davam sinal de desgaste, Rambo III chegou, basicamente para colocar a primeira estocada de terra neste momento tão icônico da Sétima Arte.

            O roteiro se passa no Afeganistão e foi, até aquele momento, o mais violento da franquia, com 108 mortes. O ponto fora da curva é mostrar que americanos e afegãos eram aliados contra a invasão russa ao território do país asiático.

            Houveram outras tentativas de dar sobrevida a este estilo foram vistas. Mas com a chegada de John McClane em Duro de Matar, personagem que, ao contrário de Rambo, se fere na luta contra seus inimigos, tais temáticas ficaram em desuso e, atualmente, servem apenas para agradar a nostalgia de quem viveu aquela época. Rambo IV e V estão aí para provar isso!

Por Éder Pessôa

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