Rambo – Até o Fim pode ser tudo, menos um filme de Rambo, pois se em Programado para Matar tivemos um estudo sobre os traumas dos soldados que voltavam do Vietnã sem qualquer apoio do governo, em A Missão ganhamos o primeiro exemplar do sub-gênero ‘exército de um homem só’, em Rambo III enxergamos o momento histórico onde Afeganistão e Estados Unidos eram aliados e em Rambo IV houve o retorno do brucutu, com doses cavalares de violência, aqui não há um resquício de boas lembranças.
Os trailers lançados eram empolgantes, com a suposta homenagem aos faroestes de outrora, mesclado a um clima urbano, com direito a takes onde víamos as famosas armadilhas sendo montadas pelo personagem. Porém, o diretor Adrian Grunberg (péssimo, por sinal!) lota sua obra de personagens irrelevantes e unidimensionais, além de dar a entender que na fronteira com o México só existem malvadões armados, lixo para todo lado e tráfico de drogas e de mulheres em cada esquina.
Yvette Monreal é a única no elenco que tenta algo diferente, mas com diálogos tão expositivos e um dramalhão mequetréfe, fica impossível ganhar a atenção do espectador. No terceiro ato, quando a pancadaria começa e você acha que Rambo – Até o Fim entrará nos trilhos, há mais uma saraivada de cenas aleatórias, onde apenas uma se salva.
Rambo – Até o Fim é tão genérico que ninguém estranharia se Dolph Ludgren, Steven Seagal ou mesmo o velhote Danny Trejo fosse o protagonista, pois os 86 minutos parecem se arrastar por cinco horas, transformando este, numa das piores decepções de 2019, pelo menos para mim.
Por Éder de Oliveira | Jornalista e responsável pelo site www.cinemaepipoca.com.br
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