Diferentemente da maior parte das pessoas, não considero ‘Procurando Nemo’ um clássico da Pixar, mesmo tendo a noção de que é um filme acima da média. Mas após o seu sucesso imediato entre crianças e adultos, sem contar o carisma de seus coadjuvantes, era óbvio que a continuação chegaria, cedo ou tarde.
Em ‘Procurando Dory’ a empresa mantém um cuidado inacreditável com a questão gráfica (o aquário principal do parque aquático é de deixar o espectador boquiaberto) e aquele universo debaixo da água, que já era deslumbrante no primeiro filme, melhora ainda mais aqui. Além da peixinha desmemoriada, o destaque aqui vai para o polvo Hank, hilário e lotado de malandragem.
Mas nada aqui é colocado ao acaso e questões como o complemento familiar, a busca por um ambiente onde você possa se sentir livre, a aceitação de certas deficiências em uma sociedade voltada para a perfeição e toda a questão ambiental, são plotes importantes e debatidos com todo o esmero que esperávamos, simplesmente porque estamos falando da Pixar.
Algum tempo depois de passar por diversas aventuras até encontrar Nemo, Dory tem lapsos de memória de seus pais e decide ir atrás deles. No meio do caminho acaba esquecendo o porquê de sair de casa e Nemo e Marlin, preocupados, decidem ajudá-la.
Antes do filme, o curta metragem ‘Piper: Descobrindo o Mundo’, já amolece o coração de qualquer um, contando a história e um passarinho com medo do mar. Mas voltando ao longa, que já arrecadou mais de 640 milhões de dólares no mundo todo, é questão de tempo para que possamos voltar para a terceira aventura e reencontrar, com muito prazer, Nemo, Dory e Marlin.
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Por Éder de Oliveira
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