Os fãs do gênero comédia não tiveram muita empolgação em comparecer nos cinemas neste ano de 2017. Explico: apenas Doentes de Amor e, talvez, Despedida em Grande Estilo podem ser consideradas produções que se destacaram até o momento (e não temos grandes expectativas para dezembro). E Pai em Dose Dupla 2 apenas endossa este meu comentário, pois esta continuação estrelada por Will Ferrell e Mark Wahlberg consegue, no máximo, tirar dois ou três leves sorrisos do espectador.
Com elenco reforçado com nomes como Mel Gibson, totalmente à vontade na pele de um pai casca grossa e que nunca se importou muito com seu filho e John Lithgow que é o oposto e parece ser o pai ideal, até começa bem e deixa os fãs do primeiro filme empolgados. Mas o diretor Sean Anders insiste em repetir as mesmas piadas inúmeras vezes, nos levando para um segundo ato preguiçoso demais.
A brasileira Alessandra Ambrosio, que tem dois ou três diálogos, parece, há todo tempo, deslocada e incomodada. E ela pode melhorar muito futuramente, mas no momento, esta carreira não lhe pertence. Depois, o roteiro insiste em criar uma imagem tão atabalhoada de Brad que passa dos limites. Por fim, o terceiro ato chega e a velha máxima dos roteiros natalinos surge: todos cantam uma música engraçadinha e se abraçam. Ninguém pensou em algo mais original?
Pai em Dose Dupla 2 não ofende a inteligência de ninguém, equilibra a balança de maneira positiva, mas também é extramente esquecível. Leve sua família, compre aquele baldão de pipoca e refrigerante, desligue o cérebro e a diversão será garantida.
Assista em Hortolândia no CineSystem
Por Éder de Oliveira
Jornalista e criador do site www.cinemaepipoca.com.br
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