O diretor Damien Chazelle já mostrou toda sua habilidade ao mundo, primeiramente com o curta Wiplash e depois com o longa mentragem de mesmo nome, que deu o Oscar de Ator Coadjuvante para J. K. Simmons, além de fazer uma belíssima homenagem aos musicais com La La Land: Cantando Estações (sem contar o roteiro de Rua Cloverfield, 10). Então, quando O Primeiro Homem, ganhou suas primeiras fotos e trailers, meu entusiasmo já era grande.
E eis que a câmera de Chazelle se mantém extremamente intimista, com momentos onde ele coloca o pé no freio para contar a história da maneira mais detalhada possível, preferindo os closes nos rostos e olhos dos protagonistas ou então nos leva para dentro do capacete do astronauta e amplia a sensação de desconforto e de claustrofobia. Destaque importante também para a edição e mixagem de som, pois ouvir o som do metal
rangendo e notar os parafusos se dilatando é assustador.
Já a introspecção de Gosling (comum em suas interpretações), nunca havia sido um problema para mim, mas chega determinado ponto por aqui que essa artimanha dramática cansa. O lado positivo disso tudo é que este Neil Armstrong passa longe de ser uma figura heróica. E outros nomes como Claire Foy, Jason Clarke e Jon Bernthal ajudam a criar um escopo muito importante para a trama.
E mesmo com a lentidão no segundo ato e um corte final mais longo que o necessário, O Primeiro Homem, com Ryan Gosling, foge do terreno comum e se transforma num dos grandes favoritos na disputa para o Oscar 2019. Com tantos concorrentes de peso, a obra baseada no livro de James R. Hansen, demonstra outra vez, que Chazelle é um cara que, por enquanto, só tem belos acertos na carreira!
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Por Éder de Oliveira
Jornalista e criador do site www.cinemaepipoca.com.br
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