O lançamento de Mulher Maravilha não poderia vir em melhor momento, já que a luta pela igualdade, reconhecimento e liberdade é uma das principais pautas de movimentos sociais nos últimos anos e é uma questão importantíssima e que necessita ser discutida em todos os ambientes. Então, por que não fazê-lo nos cinemas, num blockbuster?
Foi do psicólogo William Moulton Marston a ideia de criá-la e em 1941, os leitores tiveram a oportunidade de colocar as mãos na primeira HQ da heroína. Em 2017, Gal Gadot pega para si boa parte das nuances daquela época e joga na tela, para fã nenhum botar defeito – ela nasceu para o papel. As bilheterias falam por si e já somam mais de 500 milhões ao redor do mundo.
Falando do filme em si, o primeiro ato, onde conhecemos a ilha de Themyscira e todas as moradoras da ilha, é deslumbrante, tanto pela questão de efeitos especiais quanto pelos figurinos, passando pela escolha das atrizes. Então, chega a primeira batalha e até as câmeras lentas, usadas a exaustão ultimamente, conseguem ter seu valor.
A química entre Gadot e Chris Pine é outro achado. Mas nesta virada entre os atos, a coisa toda dá leves derrapadas. Começando pela repetição incessante das tais câmeras lenta, passando por efeitos especiais pessimamente finalizados se pensarmos que a diretora Patty Jenkins tinha 150 milhões de dólares em mãos (Deadpool fez muito melhor com 30 milhões) e terminando no terceiro ato, com os piores ‘chefões de fase’ desde Esquadrão Suicida.
E o teor feminista agrega valor ao filme, chegando sempre em momentos importantes. Sem contar alguns simbologismos evidentes: o primeiro é a própria ilha de Themyscira, afastada do mundo, o segundo é que vemos uma mulher saindo das trincheiras para lutar uma guerra criada pelos homens e, por último, mas não menos importante, é a frase em que Diana comenta que “precisamos de homens para procriar, mas não para ter prazer”.
Mulher Maravilha não é um perfeito e, aliás, está longe disso (a batalha cansativa do terceiro ato prova isso), mas caiu no gosto do público e tem tudo para ser uma virada do universo DC, principalmente porque, se formos comparar o quesito heroínas, a Marvel não tem uma personagem que se sustente tão bem quanto esta. A luz no fim do túnel que o estúdio procurava a tanto tempo chegou!
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Por Éder de Oliveira
Jornalista e criador do site www.cinemaepipoca.com.br
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