Depois de sair da sessão de Homem Aranha no Aranhaverso, entendi o motivo de toda veneração que o longa está recebendo pelo mundo afora e os prêmios que já ganhou e que, provavelmente, ainda ganhará (prepare-se para vê-lo no Oscar 2019).
Não existe só a porradaria desenfreada que esta nova geração está acostumada. Temos personagens muito bem desenvolvidos e temas como solidão, bulliyng e amizade presentes nas quase duas horas de projeção e além disso, há um herói negro que tem uma mãe hispânica (e nos dias de hoje, lidar com este tema exige extrema coragem) e um pai que tem certa dificuldade de se aproximar do filho, ou seja, o cinema baseado em HQs está num patamar mais alto do que muito imaginariam há décadas atrás.
Mas acima de tudo isso o projeto dirigido por Bob Persichetti, Peter Ramsey e Rodney Rothman é coeso e trazem inúmeras referências dos quadrinhos e dos filmes anteriores do personagem para compor uma trama cheia de humor esperto e perfeitas onomatopéias tiradas da nona arte… é como se você estivesse realmente foleando uma revista.
E com tantas tramas e personagens, seria fácil se perder no roteiro, mas isso não acontece e a presença dos homens aranhas de cada universo amplifica a gama de possibilidades (somente os capangas do Rei do Crime ficam devendo em carisma e em função na trama).
A trilha sonora com batidas de hip hop é pulsante e se une a composição de cores e cenários com maestria – por vezes me peguei curtindo as músicas e balançando a cabeça de um lado para o outro. E prestem bastante atenção nos ângulos de câmera, são sensacionais!
Me emocionei pelo menos duas vezes e uma delas foi por conta da singela e importante homenagem que fizeram para Stan Lee e Steve Dtiko. Que 2019 nos traga mais obras como esta, com coração e alma. Obrigado Miles Morales!
Obs.: há uma cena pós créditos!
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