Não sou o maior fã de Godzilla (2014), mas acho interessante toda a questão estética como fotografia e efeitos especiais. E quando saíram os trailers desta sequência, intitulada Godzilla II: O Rei dos Monstros e me deparei com Ghidorah, Mothra e Rodan minhas expectativas aumentaram para saber como iriam inserir os titãs e qual seria o grau de destruição neste mais novo filme catástrofe de Hollywood.
Ao sair da sessão, percebi que estava completamente equivocado, que os 130 minutos foram de pura tortura e que praticamente nada se salva (talvez Millie Bobby Brown tenha uma ou outra cena mais cativante). Fora isso, o excelente elenco conta com Vera Farmiga, Ken Watanabe, Kyle Chandler, Ziyi Zhang, Sally Hawkins e Charles Dance e dez minutos após seus personagens serem apresentados, você já torce para todos morrerem pisoteados pelos monstros tamanha precariedade e ineficiência de seus personagens.
E não há como levar a sério um diretor como Michael Dougherty, que não tem firmeza na hora de dirigir atores – principalmente nas sequências dramáticas -, insere piadas nos momentos mais equivocados e ainda tem a cara de pau de achar que as viradas no roteiro poderiam surpreender os espectadores.
E quando fui pesquisar e notei que em Godzilla II: O Rei dos Monstros foram gastos 200 milhões de dólares fiquei surpreso, pois as batalhas aqui são uma bagunça (nunca dava para entender quem estava lutando contra quem) e sempre que os bichões apareciam surgia muita fumaça e tudo fica escuro, como se estivéssemos diante de um filme de baixo orçamento e fosse preciso camuflar o CGI. Um dos blockbusters mais decepcionantes do ano e um universo compartilhado que já poderia chegar ao fim.
Obs.: contém uma cena pós-créditos, se você suportar esperar!
Por Éder de Oliveira Jornalista e criador do site www.cinemaepipoca.com.br
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