Quando vi pela primeira vez o trailer de Extraordinário, com o espetacular Jacob Trembley, ocorreu algo que nunca tinha acontecido em minha vida cinéfila: chorei. Sim, minha gente, chorei num trailer! E depois disso, como não colocar minhas expectativas lá no alto por este projeto? Baseado no livro de enorme sucesso escrito por R.J. Palacio, tem um caminho pouco convencional e não aponta o dedo para esta ou aquela atitude, apenas as expõe.
O diretor Stephen Chbosky, pouco conhecido do grande público, trabalha juntamente com os roteiristas Jack Thorne, Stev Conrad e da própria Palacio com total respeito e cuidado. Acima de tudo, ao contarem a mesma história sob o ponto de vista de vários personagens, leva o espectador a pensar e refletir sobre as atitudes de cada um deles. Não há distinção e todos tem seu devido lugar, desde o protagonista, até o bully.
Apesar de chorarmos muito e nos sensibilizarmos com as dificuldades encontradas por August, ele não é isento de falhas e Via, sua irmã, explicando que o mundo não gira em torno dele é algo corajoso demais. E ela tem uma construção soberba e lotada de camadas densas (suas diferenças com a melhor amiga são muito críveis). Owen Wilson cria um pai afetuoso e que tenta entender, da melhor maneira, todas as mudanças na cabeça de Auggie. E Julia Roberts está bem, mas é difícil vê-la como mãe de família e dona de casa.
Extraordinário fará os corações mais gelados se amolecerem, portanto prepare o lenço. E mesmo que hajam cenas um tanto forçadas e que, talvez, não precisassem estar lá, o equilíbrio entre comédia e drama e o elenco infantil são perfeitos. Nos faz acreditar que o mundo pode ser melhor!
Assista em Hortolândia no CineSystem
Por Éder de Oliveira
Jornalista e criador do site www.cinemaepipoca.com.br
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