Desde a primeira vez que vi o trailer deste remake de Cemitério Maldito, baseado no livro do mestre Stephen King me passaram duas coisas pela cabeça. A primeira foi a certeza de que iria conferir no cinema e a segunda era a torcida para que não entregassem as melhores cenas do longa nos trailers… mas infelizmente foi exatamente isso que fizeram e, por isso, consegui antecipar boa parte dos sustos e das sacadas.
Se a obra de 1989 ganhou o status de cult por méritos, mesmo com seus defeitos e exageros oitentistas, ainda ganha pontos positivos pela criação de um universo tenso e com muito gore. Nesta repaginação, os diretores Kevin Kolsch e Dennis Widmyer modificam algumas situações e dão boas camadas dramáticas para Rachel e Jud Crandall (Amy Seimetz e John Ligthgow, respectivamente), além de nos apresentar uma violência gráfica impactante.
Mas nem tudo são flores por aqui… e se o tal cemitério é muito mais escondido e secreto (algo que faz muito mais sentido), a fotografia é escura demais (e quem for ver em 3D vai sofrer um bocado) e o CGi não agrada. Jason Clarke é outra bola fora e pode até parecer implicância minha, mas venho falando que ele tem zero de expressividade desde Planeta dos Macacos: O Confronto e O Exterminador do Futuro: Gênesis.
E mesmo fazendo mais de 100 milhões de dólares pelo mundo afora e deixando o estúdio satisfeito (quem sabe não dão sinal verde para uma continuação), fico me perguntando até quando continuarão inserindo nos roteiros hollywoodianos essa quantidade enorme de jump scares baratos, ou será que é normal alguém escutar um barulho à noite, sair da cama sem acender as luzes e tentar descobrir o que está acontecendo? Eu ficaria debaixo das cobertas, sem sombra de dúvidas.
Dependendo do seu grau de desprendimento, poderá até encontrar aqui um bom passatempo… mas este não foi meu caso!
Por Éder de Oliveira Jornalista e criador do site www.cinemaepipoca.com.br
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