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Agenda Verde ajuda reduzir em 93% casos de Dengue em Hortolândia

O trabalho da Prefeitura de Hortolândia nos cuidados com a limpeza urbana, como a Agenda Verde – Mutirão de Limpeza e Zeladoria, tem refletido positivamente no controle dos casos de Dengue e outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. O recolhimento de entulho e materiais inservíveis e a orientação à população para colaborar com a manutenção da cidade são fatores que ajudaram o município a registrar queda de 93% nos casos de Dengue. Desde o início deste ano, a cidade teve 84 casos confirmados da doença. No mesmo período do ano passado, havia 1.149 casos positivos. Com o início da época mais quente do ano, a Prefeitura intensifica as ações preventivas, com o objetivo de manter em baixa os registros desta e outras doenças.

Além da Dengue, o mosquito Aedes aegypti transmite Febre Chikungunya e Zika Vírus, doenças graves que debilitam a saúde e podem causar a morte. Neste ano, são três casos positivos de Chikungunya e um de Zika. De reprodução rápida em épocas quentes, o Aedes aegypti encontra situações favoráveis à procriação em recipientes com água parada, limpa ou suja. Uma tampinha de garrafa PET com pouca água já é suficiente para o mosquito adulto depositar suas larvas. Em alguns dias de sol, as larvas se transformam em mosquitos, potencialmente perigosos para a transmissão destas doenças. Vale destacar que o Aedes não nasce contaminado: ele só transmite Dengue, Chikungunya e Zika depois de picar alguém doente. No entanto, com o alastramento dos pernilongos, a chance das doenças avançarem é maior. Por isso, é importante prevenir.

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Para conscientizar a população sobre a importância de manter casas, quintais e terrenos livres de criadouros, a Prefeitura lançou, neste ano, a Agenda Verde, ação que envolve diversas atividades, como a Operação Cata Bagulho e o plantio de árvores em terrenos antes ocupados por lixo, tudo com o objetivo de deixar a cidade mais limpa. Além de colaborar com a manutenção urbana, a Agenda Verde busca despertar na população o sentimento de parceria, uma vez que todos são responsáveis pela limpeza da cidade. A Prefeitura acredita que, mobilizando a população, será mais fácil resolver, em conjunto, questões ambientais que se tornam problemas de saúde pública.

O mutirão acontece desde março, período desde o qual a Prefeitura já recolheu mais de nove mil toneladas de lixo, entulho e materiais sem serventia, em 77 bairros, atendendo cerca de 56 mil residências. Agora, mais 22 bairros da região do Jd. Nova Europa são atendidos com a Operação Cata Bagulho, que integra a Agenda Verde.

“Temos desenvolvido um trabalho muito positivo, em parceria com as demais secretarias municipais, para cuidar da nossa cidade e, consequentemente, oferecer mais qualidade de vida e saúde à nossa população. É importante que a comunidade se sinta parte deste processo de transformação, auxiliando na remoção de entulho e recipientes que possam acumular água. Somente com um trabalho conjunto, vamos vencer o Aedes aegypti”, destaca o secretário de Saúde, Lourenço Daniel Zanardi.

Durante a Operação Cata Bagulho, a população pode colaborar separando itens que não servem mais. Estes materiais são recolhidos pela Prefeitura em datas específicas, avisadas com antecedência nos bairros, e têm destinação correta. No dia a dia, é possível evitar focos do mosquito da Dengue eliminando recipientes que possam acumular água, mesmo dentro de casa. A orientação é observar com frequência como está o reservatório de água que fica atrás das geladeiras, trocar diariamente a água de vasilhas de animais domésticos, tampar com tela os ralos, caixas d’água e canos, armazenar garrafas e baldes sempre virados para baixo, guardar pneus e outros objetos que serão usados no futuro em local protegido, entre outras recomendações simples de serem seguidas.

Ciclo natural

Outro fator que colaborou com a queda nos caso de Dengue é a característica natural da doença. De acordo com o diretor do Departamento de Saúde Coletiva, Antônio Roberto Stivalle, o ciclo natural da Dengue indica, pela série histórica, que a doença tem períodos de menor transmissão. “O vírus que circula em um ano infecta muitas pessoas, que criam imunidade àquele tipo de Dengue. No ano seguinte, se não houver mutação do vírus, o tipo em circulação já não infecta mais tantas pessoas. Temos esta tendência a cada quatro anos, em média”, explica o especialista.

“Nesta época em que temos uma queda nos registros de Dengue, é a hora de reforçarmos nossas ações preventivas. Evitando novos focos do mosquito, no próximo ano estaremos preparados para enfrentar possíveis mutações do vírus”, enfatiza Zanardi.

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