Na retomada das atividades após o feriado de Carnaval, o mercado financeiro brasileiro apresentou movimentações significativas, influenciadas principalmente por indicadores econômicos dos Estados Unidos. Com o dólar registrando alta, alcançando o valor de R$ 4,96, e a Bolsa de Valores de São Paulo observando uma queda de 0,5%, os investidores voltam suas atenções para as repercussões desses dados na economia local.
A divulgação do índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos, que apontou um aumento de 3,1% em janeiro em um período de 12 meses, superou as expectativas dos economistas, que projetavam uma inflação de 2,99%. Esse crescimento reforça a percepção de que o corte de juros pelo Federal Reserve, o banco central norte-americano, poderá ser adiado, com expectativas voltadas para o início dessa redução entre maio e junho.
No cenário brasileiro, apesar da retomada das operações na Bolsa de Valores, a liquidez se mostrou reduzida, evidenciando um volume de negócios menor que o habitual. Este cenário sugere cautela por parte dos investidores, que aguardam maiores claridades sobre os impactos diretos dessas movimentações internacionais no mercado local.
Além dos indicadores financeiros, destaca-se o anúncio governamental sobre o funcionamento do FGTS Futuro, uma medida que permitirá aos trabalhadores com carteira assinada utilizar o FGTS depositado no futuro para o pagamento de parte das parcelas do financiamento imobiliário. Tal iniciativa visa facilitar o acesso à moradia e estimular a economia interna, sendo um ponto de atenção para o mercado imobiliário brasileiro.
Por fim, o cenário internacional também refletiu nas operações de grandes empresas atuantes no Brasil, como a Heineken, que projetou uma queda no lucro para o ano de 2024. A cervejaria justificou a previsão com base na cautela em relação às perspectivas econômicas e geopolíticas globais, embora tenha destacado um crescimento nas vendas no Brasil, liderado pelas marcas Heineken e Amstel.
