Saúde & Beleza

Cigarro Eletrônico: opção oferece mais riscos do que benefícios

O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável. Ainda assim, 1,2 bilhão de pessoas no mundo são fumantes. Nos países em desenvolvimento, 48% da população masculina e 7% da feminina fumam. Já nos países desenvolvidos, o vício cresce entre as mulheres: enquanto 42% dos homens, as tabagistas somam 24%.

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 Em 2003, visando oferecer uma alternativa para quem busca consumir a nicotina menos nocivamente, Hon Lik, farmacêutico chinês, criou o cigarro eletrônico (e-cigarro). É um aparelho movido à bateria, que converte a nicotina diluída em líquidos específicos, como propilenoglicol, em vapor.

 Por não conter as outras 4,7 mil substâncias provenientes da queima do tabaco, ele virou a sensação para os que desejam diminuir ou largar o vício. Funciona com o uso de refis, possui opções sem nicotina, além de diferentes sabores, entre eles chocolate, morango e menta.

 Atualmente, o mercado de cigarros eletrônicos é concorrido e valioso: 466 marcas disputam a indústria, já avaliada em US$ 3 bilhões.

 Um estudo publicado em 2013, na revista científica PLoS One, mostrou que fumar apenas a nicotina não reduz o risco de câncer de pulmão. Segundo os resultados, a substância pode alterar a expressão dos genes nas células, o que torna o aparecimento da doença mais provável.

Cigarro Eletrônico ajuda a parar de fumar?

 Para analisar a eficácia do aparelho, pesquisadores americanos da Universidade da Califórnia compararam fumantes que tentam parar sozinhos e aqueles que usam o cigarro eletrônico. O primeiro grupo contou com 861 voluntários e 13,8% deles conseguiram deixar o vício. Já no segundo, somente 10,2% dos 88 participantes obteve êxito.

“Em alguns casos, após iniciar o uso do cigarro eletrônico, a pessoa retorna ao cigarro convencional mais intensamente ou tem uma troca de dependência”, alerta a dra. Maria Vera Cruz de Oliveira Castellano, membro da Comissão de Tabagismo da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia.

É perigoso?

 A OMS considera os cigarros eletrônicos como os convencionais, em termos de comercialização e uso em locais fechados. A nicotina é uma substância perigosa, por isso os produtos compostos por ela devem ser consumidos controlada e limitadamente.

 Como possuem essências altamente atrativas e que despertam a atenção dos mais jovens, é preciso cuidado redobrado com as crianças e adolescentes. O inicio do vício pode acontecer precocemente em contato com o dispositivo.

Aos fumantes passivos, a pneumologista explica que existem menos componentes da fumaça e em menor concentração, por isso a exposição não é tão grave quanto do cigarro convencional.

Legalização

 Desde 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe a venda no Brasil por falta de comprovação de sua segurança.

 No início de 2014, o Parlamento Europeu criou uma lei que iguala o cigarro eletrônico ao convencional. Já o órgão regulador de drogas e alimentos dos Estados Unidos (FDA) organiza um protocolo para tornar ainda mais rígido o controle do e-cigarro.

 Mesmo com a proibição no Brasil, quem deseja obtê-lo consegue comprar em lojas de produtos importados com facilidade.

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