Saúde & Beleza
Anemia ferropriva acomete cerca de 5% da população mundial
Doença pode também ser um alerta de que existe algum outro problema
Duas das principais campanhas de saúde do mês fazem referência ao sangue. Junho Vermelho, para estimular a doação, e Junho Laranja, que trata das anemias, leucemias e doação de medula. A inclusão desses três temas dentro de uma mesma campanha não ocorre por acaso. A anemia pode ser um alerta de que existe um problema. Não causa leucemia, mas pode ser um sinal dela e de outras doenças. E o transplante de medula é um tipo de tratamento proposto para algumas doenças que afetam as células do sangue, dentre elas, a leucemia.
A saúde do sangue é foco de debates, encontros e orientações durante todo o mês de junho no Centro de Oncologia Campinas. As reuniões científicas trouxeram o tema à discussão com especialistas, dentre eles Gustavo Betarello, hematologista do setor de oncologia da Rede D’Or, em Brasília, que tratou da anemia ferropriva no evento.
Causada pela deficiência de ferro no organismo, a anemia ferropriva acomete cerca de 5% da população mundial. “É a doença mais prevalente no mundo. Está presente em diversas faixas etárias, porém é mais comum em crianças e mulheres em idade fértil e em países mais pobres. A maior causa de anemia no mundo é a fome”, resume o especialista.
Betarello explica que não existe uma relação direta da anemia ferropriva com o câncer, mas o paciente de câncer pode apresentar a doença por inúmeras causas, como um tumor que está sangrando, ou pelo desenvolvimento do câncer prejudicar a alimentação e comprometer a ingestão de ferro.
“O tratamento da anemia ferropriva no paciente com câncer melhora muito sua qualidade de vida e a resposta ao tratamento como um todo”, reafirma o especialista, indicando que o ferro está presente em boa parte dos alimentos, porém os mais ricos são as carnes vermelhas, leguminosas e as folhas verdes-escuras.
O tratamento contra a anemia ferropriva é feito com a reposição de ferro. “Há diversos produtos no mercado, mas quase metade dos pacientes não consegue tolerar o tratamento por conta do desconforto da medicação. Para quem não tolera a reposição oral, há a reposição endovenosa de ferro, medicamentos modernos em que com uma única aplicação se resolve o problema do paciente”.
Gustavo Betarello confirma que a anemia é sempre o sinal de algum outro problema. No caso da anemia ferropriva, é preciso investigar a causa da falta de ferro. “São fatores diversos, como algum tipo de sangramento, fluxo menstrual excessivo, algum tratamento, diversas atividades inflamatórias ou mesmo câncer”, enumera.
É muito comum, afirma, o paciente ficar preocupado com a possiblidade de a anemia por falta de ferro se transformar em leucemia. “A anemia ferropriva não se transforma em outra doença. Ocorre que o primeiro sintoma de uma leucemia, por exemplo, pode ser uma anemia”, justifica.
Os sintomas clássicos da anemia ferropriva são cansaço, fadiga crônica, desânimo, sonolência em excesso e síndrome de pernas inquietas – alterações da sensibilidade e agitação motora involuntária dos membros. Também pode causar queda de cabelos. A anemia ferropriva é de fácil diagnóstico, por meio de hemograma ou de dosagem de proteínas.
Transplante de medula
Gustavo Betarello também realiza transplantes de medula óssea e confirma que o número de procedimentos caiu bastante durante a pandemia. Por conta das medidas de isolamento e restrições sanitárias, muitos pacientes não puderam realizar a doação, seja por medo da infecção, por estar infectado ou pela dificuldade de deslocamento, uma vez que a malha aérea sofreu drástica redução.
A esses fatores soma-se o fato de que unidades de transplante pelo país foram momentaneamente fechadas, para abrir espaço ao atendimento de pacientes da Covid. Nos últimos dois anos, os esforços da Saúde basicamente se direcionaram ao combate da Covid-19, o que afetou o atendimento a pacientes de outras doenças.
O médico diz que o brasileiro é solidário no que se refere à doação, porém, aponta que é necessário elevar o nível de comprometimento. “O brasileiro é muito solidário, mas é precisa ter cultura maior de doação. Quando é chamado, o brasileiro vai, mas vai provocado por uma campanha, não há uma cultura enraizada. Contudo, vejo que isso está mudando aos poucos e vejo com otimismo o futuro.”
Sobre o COC
O Centro de Oncologia Campinas completa em 2022 45 anos de prestação de serviços à população de forma humanizada. A instituição dispõe de uma equipe multidisciplinar para oferecer todos os níveis de cuidados aos pacientes, incluindo serviços complementares ao tratamento. Possui salas de imagens, de quimioterapia, radioterapia, análises clínicas e imunoterapia. Também realiza atendimentos nas áreas de oncogenética, psico-oncologia e hematologia, dentre outras.
Mais de 30 médicos compõem o Corpo Clínico do Centro de Oncologia Campinas. Na sua maioria, especialistas detentores de excelência técnica, resultado da natureza e origem de suas respectivas formações. Serviços de nutrição, educação física, fisioterapia, odontologia e farmácia complementam os cuidados de pacientes dentro da instituição, que atende mais de 30 convênios médicos.
O Centro de Oncologia Campinas fica localizado à Rua Alberto de Salvo, 311, Barão Geraldo, Campinas. O telefone de contato é (19) 3787-3400.
Saúde & Beleza
ADP aponta três dicas para empresas combaterem burnout
Um ambiente cada vez mais intenso e volátil, associado a fatores como excesso de trabalho, ambiente organizacional desfavorável, problemas de relacionamento com líderes e/ou colegas, entre outros tem mostrado um número crescente de trabalhadores reportando estresse prolongado, sentimento de exaustão, baixo nível de energia e menor eficiência no trabalho ao redor do mundo. No entanto, é importante lembrar que quando pautamos sobre Burnout, estamos ressaltando esses sintomas manifestados de forma crônica.
Além dos impactos na saúde mental e física do trabalhador, o Burnout implica no aumento no absenteísmo, na sinistralidade do seguro saúde, na redução da produtividade, entre outros fatores que trazem custos adicionais às organizações, sejam de forma direta ou indireta.
Tal cenário tem demandado das empresas medidas concretas para reduzir o risco de esgotamento entre a força de trabalho e criar um ambiente saudável. Mariane Guerra, vice-presidente de Recursos Humanos da ADP (líder global em soluções de gerenciamento de folha de pagamento e gestão de capital humano) para a América Latina, aponta três dicas para a prevenção do esgotamento mental e físico dos colaboradores:
- Incentivar o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal: uma das principais causas do estresse prolongado é a falta de equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal. Assim, é crítico que empregadores incentivem as pessoas a realizarem pausas regulares, utilizarem o período de férias e concluírem seu trabalho dentro do horário estabelecido. Mais que tudo, é fundamental respeitar o direito do trabalhador de se desconectar de mensagens, e-mails e chats depois do horário de trabalho. Um dado preocupante observado no estudo People at Work do Instituto de Pesquisa da ADP em 2023 é que apenas 18% dos trabalhadores dizem que seus empregadores respeitam seu direito a se desconectar.
- Fornecer suporte para o bem-estar mental e emocional: o bem-estar mental e o emocional são tão importantes quanto o físico. É importantíssimo disponibilizar recursos e apoio para todos os trabalhadores e trabalhadoras de maneira geral, e não somente para aqueles que estão lidando com algum pico de estresse, ansiedade ou outros tipos de desordens mentais ou emocionais. A prevenção é fundamental para garantir uma força de trabalho saudável de forma sustentável. Além dos benefícios tradicionais, como por exemplo o Seguro Saúde, um grande aliado no combate ao Burnout é o programa de assistência ao trabalhador (EAP), que oferece não só assistência psicológica, mas também assistência jurídica, serviços de aconselhamento financeiro, entre outros. Isso porque, com muita frequência, distúrbios mentais são multifatoriais. Com isso, é fundamental oferecer suporte nas diversas áreas que podem afetar a vida das pessoas.
- Criar uma cultura de trabalho inclusiva: uma cultura de trabalho que ofereça segurança psicológica e permita que as pessoas sejam elas próprias, pode contribuir significativamente para promover o bem-estar nas organizações. Para isso, é importante fomentar um ambiente de confiança, respeito e inclusão. Segundo a pesquisa “Global Workforce View” de 2022 da ADP Research Institute, as pessoas que amam seu trabalho e sentem-se ótimos em fazê-lo são 2,4 vezes mais propensas a apresentar baixos níveis de estresse.
Sobre a ADP (Nasdaq-ADP)A companhia oferece produtos de ponta, serviços de alta qualidade e experiências excepcionais para que as pessoas alcancem o máximo potencial no trabalho. Os serviços e produtos da empresa para RH, talento, benefícios, folha de pagamento e compliance são baseados em dados, mas desenhados para pessoas.
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Conheça a febre oropouche: doença viral com aumento significativo de casos no Brasil
Você conhece a febre oropouche? Pois saiba que há um aumento expressivo de casos desta doença viral no Brasil. Ela é transmitida, principalmente, pela picada de um mosquito conhecido como maruim ou mosquito-pólvora (Culicoides paraensis é seu nome científico).
Os dados revelam, segundo o Ministério da Saúde, que em 2023 foram 832 casos, contra 3.354 registros nas quinze primeiras semanas de 2024.
Números da febre oropouche
O número de casos da febre oropouche pode ser visto abaixo:
- Amazonas (2.538 casos),
- Rondônia (574 casos),
- Acre (108 casos),
- Bahia (31 casos),
- Pará (29 casos),
- Roraima (18 casos),
- Mato Grosso (11),
- São Paulo (7) e,
- Rio de Janeiro (6).
Uma das razões apontadas pelo Ministério da Saúde para esse aumento é a descentralização do diagnóstico laboratorial para detecção do vírus nos estados da região amazônica, onde a febre oropouche é considerada endêmica.
No entanto, a situação é mais complexa, uma vez que muitas regiões do Brasil não têm disponibilidade de exames, sugerindo que o número real de casos pode ser ainda maior do que os registros oficiais.
O que é a a doença?
Detectado no Brasil na década de 1960 a partir de amostras de sangue de um bicho-preguiça capturado durante a construção da rodovia Belém-Brasília. A partir disso, ela tem se tornado um preocupante vilão da saúde pública, exigindo medidas de controle e prevenção, como o combate ao vetor transmissor e a conscientização da população sobre os sintomas e medidas de proteção.
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10 dicas para proteger crianças contra infecções + dica bônus
Aqui, mostraremos 10 dicas para proteger crianças contra infecções. Isso tem se tornado uma preocupação constante para pais e cuidadores, especialmente durante os períodos de maior incidência de doenças respiratórias, como gripes e resfriados. Contudo, tome os cuidados listados abaixo e, se verificar sintomas mais constantes, procure ajuda médica.
10 dicas para proteger crianças contra infecções
Vacinação:
A vacinação é fundamental para crianças, jovens e adultos, independentemente do que muitos digam por aí. Certifique-se de que as crianças recebam todas as vacinas recomendadas, incluindo as vacinas contra gripe e outras doenças respiratórias, de acordo com o calendário de vacinação.
Higiene das mãos:
Ensine as crianças a lavar as mãos regularmente com água e sabão por pelo menos 20 segundos, especialmente antes de comer, depois de usar o banheiro e ao chegar em casa.
Cobrir a boca e o nariz:
Instrua as crianças a cobrir a boca e o nariz com um lenço de papel ao tossir ou espirrar e a jogar o lenço no lixo imediatamente após o uso. Se não houver lenço disponível, ensine-as a tossir ou espirrar no cotovelo, em vez das mãos.
Evitar contato próximo com pessoas doentes:
Oriente as crianças a evitar o contato próximo com pessoas que estão doentes, incluindo evitar compartilhar objetos pessoais, como talheres e copos.
Limpeza e desinfecção:
Mantenha superfícies e objetos frequentemente tocados limpos e desinfetados regularmente, especialmente em áreas de uso compartilhado, como banheiros e cozinhas.
Evitar multidões:
Evite levar as crianças a locais lotados ou eventos onde haja muitas pessoas, especialmente durante surtos de doenças respiratórias. Tudo isso para que o sistema imunológico mantenha-se equilibrado.
Promover um estilo de vida saudável:
Incentive as crianças a manterem um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta equilibrada, exercícios regulares, sono adequado e redução do estresse.
Mantenha as crianças em casa quando estiverem doentes:
Se uma criança estiver doente, é importante mantê-la em casa para evitar a propagação da doença para outras pessoas.
Ventilação adequada:
Mantenha os ambientes internos bem ventilados, abrindo janelas e portas sempre que possível para permitir a circulação de ar fresco. Essa ‘troca de ar’ ao longo do dia, é fundamental não só para crianças, mas também para adultos.
Consulta médica:
Em caso de sintomas de infecções respiratórias, como febre, tosse, coriza ou dificuldade para respirar, consulte um médico imediatamente para avaliação e tratamento adequados.
Dica Bônus:
Oferecer exclusivamente leite materno nos primeiros 6 meses de vida e complementá-lo com alimentos saudáveis até os 2 anos é altamente recomendado, pois o leite materno contém anticorpos fornecidos pela mãe. Esses anticorpos ajudam a aumentar a proteção contra infecções comuns no outono/inverno e outras doenças.
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