Os miomas uterinos são tumores benignos da musculatura lisa do útero. Muitos são pequenos e assintomáticos. Alguns fatores de risco podem contribuir para seu aparecimento como a índice de massa corporal elevado. Em muitos casos não encontramos uma causa.
Há basicamente 3 tipos de miomas. O mioma subseroso se localiza externamente ao útero, e costuma ser assintomático. O intramural fica na camada interna do miométrio e o submucoso na cavidade uterina. Ambos causam aumento do sangramento e das cólicas menstruais. Em muitos casos, a mulher pode apresentar vários tipos de miomas ao exame de ultrassom.
Como estes respondem ao estrogênio, os miomas tendem a aumentar durante os anos reprodutivos e a diminuir de tamanho após a menopausa. Podem causar sangramento uterino anormal, inclusive cursando com anemia ferropriva. Outros sintomas como os urinários (p. ex., aumento da frequência ou urgência miccional) ou constipação intestinal podem resultar da compressão da bexiga e do intestino. Estas situações são mais frequentes em casos em que o útero apresenta grande volume por múltiplos ou grandes miomas.
Diagnóstico – Miomas uterinos
Ao exame físico, o exame pélvico bimanual pode detectar útero aumentado, móvel e irregular. A confirmação requer exames de imagem. O exame mais utilizado para o diagnóstico é o ultrassom pélvico/transvaginal. Em determinados casos, pode ser necessária a complementação por outros exames como a histeroscopia, no caso dos miomas submucosos, ou ainda a ressonância nuclear magnética de pelve, principalmente para programação cirúrgica.
Tratamento – Miomas uterinos
A escolha da modalidade terapêutica varia de acordo com o caso. Para os miomas assintomáticos, de tamanho pequeno, a opção é o acompanhamento clínico e de imagem, sem a necessidade de uso de medicamentos.
Para os casos com sintomas, principalmente sangramento e dor, pode-se iniciar o tratamento clínico antes de indicar a cirurgia. Vários métodos contraceptivos com as pílulas anticoncepcionais, injetáveis, implante ou ainda os DIUs hormonais podem ser utilizados. Não se recomenda o uso dos DIUs em situações em que o mioma deforma a cavidade uterina, pelo aumento o risco de expulsão. Em casos selecionados há ainda uma modalidade terapêutica conhecida como embolização de miomas. Os análogos do GnRH podem ser utilizados, principalmente para supressão do sangramento intenso até a conduta cirúrgica.
A cirurgia é necessária para os casos em que não há melhora com o tratamento clínico, ou útero com volume muito aumentado. Outra indicação é o desejo reprodutivo, visto que a presença de miomas pode aumentar as taxas de abortamento e parto prematuro. Ressaltamos novamente que a decisão varia para cada caso. Isso se aplica também aos tipos de cirurgia: miomectomia ou histerectomia, e para a via de acesso (laparoscópica, histeroscópica ou laparotomia).
- Fonte – Canal da Mulher SOGESP, por Cassiana Giribela
- www.sogesp.com.br/canal-saude-mulher/blog-da-mulher/
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