O Dia Mundial de Cuidados Paliativos é celebrado anualmente em outubro. Em 2022, a The WorldwideHospicePalliativeCare Alliance (WHPCA), com apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), promove globalmente a campanha tema principal “Curando Corações e Comunidades”. Em nosso país, a Academia Brasileira de Neurologia (ABN) está comprometida a dar luz à iniciativa que unirá entidades médicas e sociedade destacando a importância da prática, além de buscar o engajamento dos governos, formadores de opinião e de políticas públicas.
De acordo com Luciana Neves, coordenadora do Núcleo de Medicina Paliativa da ABN, a temática é uma referência às tragédias vivenciadas em anos recentes ao redor do planeta e às suas vítimas.
“Em virtude do que ocorreu na pandemia de COVID-19 e das guerras, como a da Ucrânia, muitas pessoas sofreram perdas. Aliás, milhões de famílias e cuidadores tiveram que enfrentar as mortes de familiares e amigos, enquanto passavam por situações difíceis como o isolamento social”, comenta a especialista.
A campanha do Dia Mundial de Cuidados Paliativos 2022 inclui um apelo para a inclusão de assistência especializada e multidisciplinar ao luto nas estratégias nacionais.
Os cuidados paliativos visam a qualidade de vida de pacientes, assim como a de seus familiares, sendo essenciais para o enfrentamento dos desafios associados a “doenças com risco de vida e graves sofrimentos relacionados à saúde, incluindo, mas não se limitando a, cuidados no final da vida”, conforme conceituação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Idealmente, ainda conforme a OMS, requerem dos países “ambiente político de apoio, comunidades empoderadas, pesquisa, acesso a medicamentos essenciais, sistemas sólidos de educação e treinamento para profissionais e atenção à qualidade dos serviços de cuidados paliativos”.
De caráter multiprofissional, é pautado pelo humanismo, buscando trabalhar os sintomas físicos, as questões sociais, psicológicas e até espirituais. O Atlas Global de Cuidados Paliativos da OMS informa que apenas 12% dos quase 60 milhões de adultos e crianças necessitadas recebem serviços de cuidados paliativos. Ou seja, aproximadamente 18 milhões de pessoas morrem todos os anos com dor e sofrimento, em consequência da falta de acesso à assistência paliativa.
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