Uma das maiores preocupações de brasileiros é com a aposentadoria. Por isso, desde cedo, muitos jovens se tornam microempreendedores (MEI). Começam a trabalhar, ganhar dinheiro, poupar e investir para se tornarem empresários. Não à toa existem 9,03 milhões de MEIs no Brasil, segunda o SEBRAE. Esse tipo de trabalhador representa 27% do Produto Interno Bruto (PIB). E infelizmente, eles são os que mais estão sofrendo durante a pandemia.
Muitas empresas brasileiras apostam nesse tipo de trabalhador para formar o seu time funcionários. Um microempreendedor gera menos custos a empresa do que uma pessoa com carteira assinada e contrato em regime de CLT. Quando o coronavírus forçou o fechamento do comércio, eles foram os primeiros a perder os empregos. Enxuga a folha de pagamento e fica muito mais barato.
Com essa mão de obra não podendo colocar a mão na massa, boa parte do dinheiro no país para de circular. Principalmente nos grandes centros. As cinco cidades do país com mais oportunidades para quem é MEI são: São Paulo, Florianópolis, Vitória, Recife e Campinas.
O estado de São Paulo é mais atingido pela doença, o que já prejudica muito o consumo em São Paulo e Campinas. Pernambuco é o quarto estado com mais casos no Brasil e Recife é uma das capitais mais atingidas. Isso faz com que as oportunidades para quem é MEI nesses lugares sejam menores.
O que acaba afetando mais o microempreendedor é a renda mensal. Em 2019, o salário médio de um MEI era de R$ 4000, aproximadamente quatro salários mínimos (no ano, o valor era de R$ 998). Não é um valor baixo para a realidade brasileira, porém, não se vive com com excessos. Para quem não consegue executar o trabalho nesse período, possui muitas dificuldades em manter as contas em dia.
É bastante importante pensar no microempreendedor neste período de pandemia, pois ele foi quem mais saiu prejudicado. A maior parte das empresas que demitiram ou suspenderam contrato abriram mão desse perfil de empregado. Ou aquele vendedor que tinha uma pequena loja, não está podendo abrir. Se abre, tem um número pequeno de vendas, já que as pessoas estão sendo orientadas a ficar em casa.
Se essas pessoas pararem de receber o dinheiro mensal. Se elas pararem de ser mão de obra nas empresas e grandes negócios. Se essas pessoas pararem de consumir em supermercados e e-commerces, a economia do Brasil tem um enorme prejuízo.
O PIB do país em 2019 foi de R$ 7,3 trilhões. Levando em consideração que as micro e pequenas empresas representam 27% desse valor, eles são responsáveis por R$ 1,97 trilhão. São peças fundamentais da engrenagem brasileira.
Por isso, é muito importante ter um plano de ação voltado para os microempreendedores durante e depois da pandemia causada pelo coronavírus. Deixar essas pessoas desamparadas, é o equivalente a deixar a economia brasileira na mão.
A primeira medida foi tomada, que foi o auxílio emergencial. Porém, ele dura até o final do mês de maio. Ainda não há previsão de quanto a quarentena irá acabar. Logo, é necessário pensar em novas alternativas para esse momento. Até o momento, não foi divulgado nenhum plano concreto para a retomada da economia.
Gabriel Mecca
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