A taxa de mortes por habitante é o parâmetro mais indicado para avaliar o desempenho dos municípios (compreendendo sociedade, governo e sistema de saúde) no combate ao Covid-19, uma vez que reflete a conscientização da população (uso de máscara, distanciamento social, frequência de aglomerações, higienização das mãos, etc.), as ações empreendidas pelo poder público municipal (comunicação eficaz com a sociedade, imposição de restrições de atividades, fiscalização das restrições adotadas, percentual de imunização da população com vacina, etc.) e a qualidade do sistema municipal de Saúde.
Neste artigo, é apresentada uma avaliação do desempenho dos 41 municípios paulistas de maior porte (acima de 200 mil habitantes) no combate ao Coronavírus utilizando informações disponíveis no Núcleo de Estudos das Cidades (NEC), que conta com a participação de professores da USP, UFSCAR E FATEC. Foram considerados os números de óbitos ocorridos até o dia 20 de julho de 2022, obtidos na Fundação SEADE e nos boletins epidemiológicos dos municípios, e as populações no ano de 2021 projetadas pelo IBGE.
Na tabela abaixo encontram-se os valores das taxas de mortalidade por Covid-19 nos 41 municípios, classificados em cinco grupos no tocante ao desempenho: ótimo (cor azul), bom (verde), regular (amarela), ruim (laranja) e péssimo (vermelha).
Seguem algumas observações com base nos valores da tabela:
- Os cinco municípios com melhor desempenho são: 1º lugar – São Carlos, 2º – Embu das Artes, 3º – Araraquara, 4º – Cotia e 5º – São José dos Campos.
- Os cinco municípios com pior desempenho são: 37º – Ribeirão Preto, 38º – Santo André, 39º – Indaiatuba, 40º – Santos e 41º – São José do Rio Preto (último lugar).
- A taxa de mortes do pior município (São José do Rio Preto) é 2,81 vezes maior que a do melhor município (São Carlos).
Por Coca Ferraz, professor da EESC-USP e coordenador do NEC.
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