No dia 24 de fevereiro de 2016 foi transmitido no programa do Ratinho do SBT uma reportagem sobre a fosfoetonolamina a substância que supostamente cura o câncer ou ameniza os sintomas da doença, isto através da marcação das células doentes o qual o sistema imunológico resolveria o problema. A questão é que órgãos de saúde proibiu o uso e comercialização da substancia pois ela nunca passou por testes clínicos ou toxicológicos com humanos. Isso significa que a distribuição da substância é feita sem autorização.
A revista época divulgou a fábrica improvisada das cápsulas azuis e brancas, que se tornaram famosas no boca a boca, fica no pequeno laboratório do Grupo de Química Analítica e Tecnologia de Polímeros.
Um único funcionário da USP é encarregado de produzi-las. No início dos anos 1990, a fosfo despertou a atenção do então coordenador do laboratório, o químico paulista Gilberto Orivaldo Chierice, de 72 anos, hoje professor aposentado.“Acho que é uma cura para o câncer”, diz.
Filho de um fazendeiro de Rincão, São Paulo, estudou química na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Araraquara. Fez mestrado e doutorado na mesma área, na USP. Nos anos 1970, virou professor da instituição em São Carlos.
Agora aposentado, é dono de uma fábrica de impermeabilizante e de uma empresa que faz enxertos ósseos com um polímero, ambos produtos criados por ele. E entende a gravidade do que faz.
“Eu sabia que estava interferindo em recomendações médicas. Sempre pensei que, mais cedo ou mais tarde, seria preso por exercício ilegal da medicina. Mas, se eu não distribuir o remédio, quem pensaria nos cancerosos?”
Pesquisadores que trabalharam com Chierice não questionam seu caráter. Mas também reconhecem que os estudos são insuficientes. “O professor Gilberto é uma pessoa maravilhosa. Está pensando nos pacientes. Mas são necessários mais estudos”, diz o farmacêutico Adilson Kleber Ferreira.
Ele pesquisou a ação anticâncer da fosfo no Butantan, com animais. “Existem milhares de outras substâncias em teste, com resultados tão bons ou melhores. Conclui.
Na reportagem do SBT foram exibidos vários relatos de crianças que tomaram a medicação e obtiveram melhoras, e que apelam para que o medicamento seja liberado. O processo de liberação esta a caminho como foi exibido no final da matéria do programa do Ratinho.
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