Consórcio Intermunicipal de Manejo dos Resíduos Sólidos criou plano de ação que ajudará Capivari, Elias Fausto, Hortolândia, Monte Mor, Nova Odessa, Santa Bárbara d´Oeste e Sumaré na implantação ou ampliação da coleta seletiva por meio da geração de trabalho e renda para grupos de catadores
A conscientização dos municípios sobre a importância de implantar ou ampliar a coletiva seletiva de resíduos para desviar dos aterros sanitários materiais recicláveis como plástico, papel, vidro, dentre outros, é um dos principais desafios do Consimares (Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Campinas) que comemora 14 anos de fundação neste domingo (22/01). O Consórcio abrange sete municípios da RMC: Capivari, Elias Fausto, Hortolândia, Monte Mor, Nova Odessa, Santa Bárbara d´Oeste e Sumaré, com população estimada em cerca de 1 milhão de habitantes que, juntos, produzem cerca de 650 toneladas de resíduos por dia.
Para ajudar os prefeitos nessa tarefa, o Consimares acaba de concluir o projeto técnico, com plano de ação, que servirá de apoio para os municípios implantarem ou expandirem a coleta seletiva de resíduos por meio da criação de cooperativas ou associações de reciclagem. De acordo com o presidente do Consimares, Maurício Baroni, prefeito de Elias Fausto, os encontros para apresentação do plano estão previstos para começar em fevereiro.
Sumaré, Monte Mor, Elias Fausto e Capivari são as cidades do território do Consórcio que ainda não possuem o serviço de coleta seletiva de resíduos. Juntos, os quatro municípios produzem 81,3 mil toneladas/dia de resíduos secos (plásticos diversos, papel, alumínio, vidro, dentre outros) com potencial de reciclagem, que poderiam ser desviados dos aterros sanitários. Hortolândia, Nova Odessa e Santa Bárbara d´Oeste já realizam programas de coleta seletiva em parceria com cooperativas.
“O grande desafio do Consimares é incentivar a ampliação da coleta seletiva para evitar que materiais recicláveis sejam despejados nos aterros sanitários prejudicando o meio ambiente e impedindo a geração de renda. A união dos municípios é muito importante nesse projeto, que está entre as nossas prioridades neste biênio. Os prefeitos contarão com o nosso apoio para avançar nesta questão. Juntos, vamos incentivar a geração de trabalho e renda a dar dignidade aos catadores”, destacou Baroni.
De acordo com o superintendente do Consimares, Valdemir Ravagnani, a meta do Consórcio é implantar pelo menos 16 cooperativas com galpões de reciclagem até 2032, seguindo a orientação do Planares (Plano Nacional de Resíduos Sólidos) que direcionou a elaboração do PIGIRS (Plano Intermunicipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos), apresentado pelo Consórcio em 2021.
“Os municípios têm um grande compromisso, uma grande tarefa, que é a inclusão dos catadores na coleta seletiva. Uns estão mais avançados, outros menos. É preciso dar cidadania a essas pessoas, com local decente de trabalho e geração de renda. Por meio delas, será possível movimentar a economia circular, alimentar as indústrias que fazem a reciclagem desse material”, assinalou Ravagnani.
“As administrações públicas precisam entender que essa é uma determinação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, está no nosso plano intermunicipal, no estadual, nas orientações da ONU (Organização das Nações Unidas) e são ações cobradas até pelo Tribunal de Contas”, completou o superintendente.
Outro desafio do Consórcio é incentivar a criação de estruturas para educar a população ao reaproveitamento de resíduos orgânicos. Para isso, o Consimares começará, em breve, o projeto piloto de compostagem, numa área em Nova Odessa. O local receberá resíduos de poda de árvore, restos de frutas, verduras e legumes de feiras livres e resíduos orgânicos produzidos por escolas. Após o processo de compostagem, os resíduos serão transformados em adubo e doados para agricultores familiares de assentamentos rurais de Nova Odessa e para quem cultiva hortas comunitárias.
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