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3 pontos para entender sobre a renda variável

Quando se pensa no mercado de ações é bastante comum ter aquela apreensão em investir e perder todo o dinheiro. Mas é importante saber que a volatilidade da renda variável é uma coisa natural, que não significa necessariamente prejuízo, e o primeiro passo para ter sucesso nesse tipo de aplicação é entender um pouco mais sobre a modalidade.

Parte do preconceito, ou do receio que se possui em investir na bolsa surge da falta de conhecimento não apenas sobre os ativos, mas principalmente sobre si mesmo como investidor. Com bastante estudo do cenário atual e, claro, conhecendo bem seus objetivos e perfil, fica mais simples ter bons rendimentos com essa aplicação.

Em 2017, por exemplo, a bolsa de valores ganhou mais de 55 mil novos investidores, 28% deles com idade entre 16 e 25 anos. Isso reflete alguns pontos que serão mencionados posteriormente, mas o principal deles é o aumento significativo de investimento em ações, o que corrobora a ideia de que é possível sim conseguir bons retornos por meio da renda variável.

Claro, não é uma tarefa simples e as estratégias não são parecidas com a renda fixa, bem menos complexa e de simples manutenção. Mas, ainda assim, 2018 é um ano favorável para aplicar na bolsa; basta saber onde e como.

Como saber se é vantajoso aplicar na renda variável?

O mais importante a se ter em mente, em primeiro lugar, é saber que nem todo investidor deve ficar confortável com a renda variável — assim como existem pessoas que não se sentem estimuladas apenas na renda fixa. Isso tudo depende de dois fatores: perfil e objetivos.

Estes pontos são cruciais para entender melhor quais aplicações são mais interessantes para cada um. O perfil define a maneira com que as pessoas lidam com o dinheiro, o risco e o retorno que ele oferece; ou seja, perfis mais conservadores são mais avessos à volatilidade da bolsa, por exemplo, e se sentem melhores com a renda fixa; já os mais arrojados, tendem a arriscar mais e, por isso, podem aventurar-se no mercado de ações.

Os objetivos também são muito importantes, pois permitem que se defina um prazo para que sejam cumpridos. Por exemplo: um jovem de 22 anos que visa uma aposentadoria tranquila, tem um objetivo de longo prazo e, por isso, pode driblar as oscilações da bolsa e conseguir boa rentabilidade; uma viagem para daqui 3 anos, por outro lado, pede rendimentos assegurados, específicos da renda fixa.

O cenário impacta diretamente no mercado financeiro. Uma vez que são definidos o perfil e suas metas, é preciso compreender se é um bom momento para investir em um ou em outro ativo. São muitos os fatores que mudam a forma com que a bolsa reage: a Selic, as eleições, as denúncias de corrupção e até a política internacional pode influir.

O ano de 2018, em específico, é bom para investimentos em ações, segundo especialistas; afinal, a tendência é que seja o início da retomada da economia brasileira. Quando falamos dos investidores jovens ainda, a expectativa é que invistam ainda mais na bolsa, por poderem assumir maiores riscos.

Mesmo assim, é importante ressaltar, é fundamental ter cautela em qualquer tipo de investimento, principalmente os que não possuem rentabilidade calculável. Com estudo e, claro, algumas dicas fáceis abaixo, é possível caminhar com tranquilidade pela renda variável ter mais sucesso com os investimentos.

O que é uma ação?

Ações são como fatias de uma empresa. Para que ela possa vender essas fatias — e para que possam ser negociadas na B3 (bolsa de valores de São Paulo, antiga Bovespa) — é preciso que essa empresa tenha o capital aberto. Basicamente, as ações funcionam do mesmo modo para todos os investidores comuns, para não beneficiar apenas uma parcela.

Na prática, quem impera é a Lei da Oferta e da Demanda: quanto maior a procura por uma fatia de determinada companhia, maior é o preço de suas ações; do contrário, caso a empresa possua muitas fatias para ofertar e poucos investidores para comprá-las, o preço diminui.

Por isso, existe uma volatilidade grande no mercado: o preço varia conforme a procura e a disponibilidade de cada ação. Na prática, é um pouco mais complexo, visto que muitas empresas estão atreladas e, claro, há bastante especulação — ou seja, por não saber o futuro, há investidores que apostam a alta ou queda de determinados ativos.

Como investir na bolsa de valores?

O primeiro passo para entrar no mercado de ações é preciso ter uma conta em uma corretora de valores. Diferente de um banco convencional, onde se pode ter uma conta corrente que você mesmo administra; no caso da renda variável é preciso de um intermediário, que pode ser a corretora ou um banco de investimento.

Então é feito um cadastro que permite negociar ações livremente. Aqui, o investidor tem duas opções: administrar por conta própria em um Home broker (plataformas de investimento on-line) ou participar de um fundo de investimento em ações, que conta com um gestor para cuidar da estratégia e negociação.

Para os investidores iniciantes, o mais recomendado é participar dos fundos, pois são mais didáticos e ainda contam com o apoio do profissional especializado. No entanto, são cobradas taxas adicionais, normalmente de administração e, em alguns casos, de performance — para estratégias de aplicação mais agressivas.

Como ter uma boa carteira de ativos na renda variável?

O mais importante ao investir na renda variável e saber equilibrar a carteira de investimentos e, assim, evitar ter prejuízos. Para isso, existem algumas dicas valiosas: a primeira delas é não investir em ações de um mesmo segmento, porque, em caso de crise, é possível perder todo o dinheiro.

O segundo ponto que pode ajudar a balancear é diversificar a carteira. Aqui, vale unir renda variável e fixa, pois em caso de prejuízo nas ações, os títulos de renda fixa possuem rentabilidade assegurada; a porcentagem de cada modalidade vai depender do perfil de investidor: quanto mais arrojado, maior a porcentagem de ações.

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