Trabalhar com Educação é um dos maiores desafios contemporâneos. O mundo e o jovem se transformaram, e a escola enfrenta resistências internas e externas para mudar. E não se trata apenas de tecnologia. A prática educacional na escola enfrenta várias encruzilhadas. Uma delas está em privilegiar conteúdos ou, muitas vezes, suprir questões familiares.
Essas questões são pontadas no filme cubano ‘Numa escola em Havana’, dirigido por Ernesto Daranas De um lado, estão as regras do país e da instituição; do outro, Chala e Carmela. Ele, com 11 anos, filho de uma família desestruturada, sustenta a casa e a mãe viciada em drogas treinando cães de briga. Ela é sua professora.
E assim surge uma relação complexa. Pelas normas, ele precisa ir para um internato, mas, pelo coração e pela alma da professora, deve permanecer na escola para ainda ter alguma chance na vida. A participação da ‘maestra’ prestes a se aposentar extrapola a atuação em sala de aula. Entra ali um componente humano que põe em xeque o sistema.
Quais são os limites da ação do professor? Quando deve deixar o ensinar de lado e se envolver com o aluno e a sua família? Até onde consegue levar adiante esse processo, principalmente em realidades sociais marcadas pela carência? O filme questiona se é possível ser professor hoje sem pesar e pensar essas questões.
Oscar D’Ambrosio, Doutor em Educação, Arte e História da Cultura e Mestre em Artes Visuais, atua na Assessoria de Comunicação e Imprensa da Unesp.
Foto: ilustrativa
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