A diversidade tem sido amplamente discutida nos últimos anos, seja em empresas ou canais de comunicação. Trata-se de uma ação para ajudar a disseminar o que há de mais importante na nossa sociedade: as pessoas como elas são.
No entanto, ainda temos um caminho a ser percorrido. Uma cena frequente no ambiente de trabalho nas últimas décadas, por exemplo, é a discriminação de idade. Nesta linha, uma pesquisa recente da InfoJobs aponta que 70% das pessoas com 40 anos ou mais dizem já ter sido sofrido algum tipo de discriminação por conta da idade.
A discussão sobre diversidade etária é necessária porque tanto a sociedade como as empresas podem ajudar a sanar os casos de preconceitos sobre pessoas com faixas etárias mais avançadas. Afinal, falamos de pessoas que possuem conhecimento e experiência. Profissionais que enfrentam diversas barreiras, como os olhares sobre a idade de forma pejorativa na nossa cultura – fator que inviabiliza a sequência de suas carreiras, seus sonhos e o apoio ao desenvolvimento do país – e, de quebra, precisam de renda para sustento próprio e/ou de suas respectivas famílias.
E de que forma esse cenário pode mudar? Primeiro, a partir de uma mudança cultural da sociedade a respeito dos conceitos sobre a idade. Já as empresas poderiam repensar um pouco sobre os impactos da “juniorização” e do rendimento financeiro das pessoas com mais de 40 anos. Outro ponto seria atentar-se a atitudes e comentários inadequados, além de fazer um mapeamento dos profissionais existentes e a busca na diversidade das escolhas.
O mercado precisa verificar o que está sendo feito em processos seletivos. As companhias devem se atentar a atitudes e comentários inadequados, além de fazer um mapeamento dos profissionais existentes e a busca da diversidade nas escolhas.
Deve-se considerar também a ampliação de buscas de profissionais com mais idade em diferentes fontes de recrutamento, dialogar sobre o assunto, oferecer um espaço seguro para falar sobre o tema e mostrar a importância da experiência profissional e de vida. Ou seja, além do debate, o acolhimento é fundamental.
Quando as empresas reconhecem os papéis de diferentes gerações, fica mais possível atingir equilíbrio e inovação – valores que podem trazer mais integração e, consequentemente, produtividade.
Entre os principais benefícios para uma organização que diversifica pessoas de diferentes gerações estão a qualidade, criatividade, melhor ambiente para as pessoas, aumento dos resultados, e outros.
Quando uma empresa estimula a troca de experiências, ela propaga a ampliação de conhecimentos, sejam eles técnicos, de liderança ou pessoais. Junto a isso, proporcionar desafios e segurança psicológica pode ser um caminho para a inclusão de profissionais que injustamente são considerados ultrapassados para o mercado de trabalho, além de ajudar as demais pessoas a despirem-se de preconceitos.
Patrícia Kost é People Business Partner da Lambda3
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