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Crônica: palavras que pesam nas redes

As redes sociais são como praças modernas, onde opiniões, notícias e emoções fluem sem fronteiras. Porém, diferente de uma praça real, aqui não vemos os olhos de quem lê, nem ouvimos o peso das nossas palavras ao tocar o outro. Quando o tema é suicídio, essa invisibilidade pode ser perigosa, pois falamos de algo tão delicado quanto um cristal: uma vida no limite.

Na pressa de compartilhar um texto impactante ou comentar sobre um caso noticiado, esquecemos que cada curtida ou repost é uma onda que atinge desconhecidos. E, entre eles, pode estar alguém em sofrimento. Não é apenas um post; é um grito em um mundo onde muitos já ouvem ecos sombrios em suas mentes.

Por isso, o cuidado não é censura, mas responsabilidade. Falar sobre suicídio é necessário, mas deve ser feito com empatia e informação. Não se trata de romantizar o ato ou demonizar quem sofre, mas de oferecer uma janela de esperança. É lembrar que, atrás da tela, há vidas que podem se agarrar a uma frase que salva – ou se perder em outra que fere.

Ao abordar esse tema, é crucial mostrar caminhos: números de apoio, histórias de superação, ou até o simples ato de oferecer ajuda. Nas redes, temos a chance de ser mais do que espectadores; podemos ser mãos estendidas, mesmo que virtuais.

Em tempos onde cada palavra voa rápido e longe, que nossas mensagens carreguem leveza, mesmo quando falam de dor. Porque, no fundo, estamos todos tentando entender o peso da vida – e como torná-la mais suportável, juntos.

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